Bombril diz que vai tirar Krespinha do mercado após acusações de racismo
Nome da esponja de aço inox gerou polêmica nas redes sociais. Empresa pediu desculpas em comunicado divulgado nesta quarta-feira (17/06)
atualizado
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Após a repercussão negativa, a Bombril pediu desculpas e anunciou que irá retirar a marca Krespinha do seu portfólio de produtos. A empresa foi acusada de racismo pela escolha do nome da esponja de aço inox, apontado como uma associação pejorativa ao cabelo comum entre afrodescendentes.
“Mesmo sem intenção de ferir ou atingir qualquer pessoa, pedimos sinceras desculpas a toda a sociedade”, afirma a Bombril em comunicado.
Confira:
O subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial do DF, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), Juvenal Araújo, foi uma das milhares de pessoas que criticaram o nome do produto. “Sempre houve racismo no Brasil e a referência de que o cabelo crespo é cabelo ruim. As crianças negras sofrem racismo nas escolas sendo chamadas de cabelos de bombril”, disse à coluna Grande Angular nesta quarta-feira (17/06).
O subsecretário também se pronunciou nas redes sociais. Em publicação no Twitter, Araújo declarou: “O racismo estrutural impera no Brasil e esta campanha da Bombril reflete esse racismo. Lutamos dia a dia para mostrarmos que nosso cabelo crespo não é ruim e nem sequer uma referência a esponja de aço.”
No site da Bombril, o Krespinha é definido como “perfeita para limpeza pesada”. A hashtag #BombrilRacista foi um dos assuntos mais comentados do Twitter na manhã desta quarta-feira (17/06). Várias pessoas deixaram críticas ao produto em outras postagens da Bombril nas redes sociais.