Associação de Delegados defende que PF continue na segurança de Lula
O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Luciano Leiro, disse que é “inaceitável” subordinação da PF ao GSI
atualizado
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A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) defende a manutenção da corporação à frente da segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e familiares.
Na próxima sexta-feira (30/6) vencerá a portaria que criou a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República (SESP).
Antes de Lula, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quem cuidava da segurança do chefe do Executivo federal era o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), formado por militares das Forças Armadas.
A ADPF diz que a presença de militares na segurança do presidente “é um desvirtuamento de funções e pode comprometer a estrutura democrática e institucional civil”.
Expertise
Segundo o presidente da ADPF, Luciano Leiro, “a PF já tem toda a expertise neste tipo de atividade, uma experiência consolidada nos grandes eventos”.
“Ainda que houvesse uma divisão de atribuições, como ocorreu nos grandes eventos, ou mesmo como está ocorrendo neste momento, em que a Secretaria Extraordinária é responsável pela segurança imediata e o GSI pela aproximada, não pode haver de forma alguma uma subordinação da Polícia Federal ao GSI. Isso não é aceitável nem republicano”, disse Leiro.
Em entrevistas a diversos veículos de comunicação no início de junho, o novo ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro, afirmou que a segurança do presidente da República passaria novamente a ser responsabilidade da pasta.
As declarações irritaram a cúpula da PF, que diz desconhecer tal decisão, conforme mostrou a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.