As três derrotas de Rodrigo Rollemberg
O ex-governador do Distrito Federal sofreu três sucessivas derrotas, duas políticas e uma jurídica, nos últimos seis anos
atualizado
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O ex-governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB) sofreu três derrotas nos últimos seis anos.
Primeiro, perdeu a reeleição quando era governador, em 2018. Ele recebeu 30,21% dos votos válidos, e o estreante na política Ibaneis Rocha (MDB), que obteve 69,79% dos votos, foi eleito chefe do Executivo distrital.
Quatro anos depois, em 2022, Rollemberg disputou as eleições para deputado federal, mas não foi eleito. Ele obteve 51.926 votos, mais do que Alberto Fraga (PL) e Gilvan Máximo (Republicanos), mas ficou fora em razão do cálculo para a distribuição das cadeiras nas eleições proporcionais, que considera também o desempenho do partido, e não apenas do candidato.
A última derrota ocorreu no último dia 28 de fevereiro, no Supremo Tribunal Federal (STF). O PSB – partido de Rollemberg –, PP, Podemos e Rede Sustentabilidade questionaram o preenchimento de cargos no Legislativo a partir das chamadas sobras, quando as vagas para deputados não foram todas preenchidas pelas regras iniciais.
O STF decidiu invalidar a norma, mas somente a partir das eleições de 2024. O que o PSB defendia era a declaração da inconstitucionalidade da exigência de o partido ter alcançado 80% do quociente eleitoral para disputar as sobras, com efeitos nas eleições de 2022, o que anularia o mandato de sete deputados federais. Nesse cenário, que foi descartado, Gilvan Máximo deixaria e Câmara dos Deputados e Rollemberg assumiria a cadeira.
Rollemberg foi nomeado secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A pasta federal é comandada pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, também filiado ao PSB.