Arlete Sampaio anuncia aposentadoria política: “Não serei candidata”
Depois de três mandatos de deputada distrital e após ser vice-governadora do DF, Arlete Sampaio disse que não vai mais se candidatar
atualizado
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Aos 71 anos, a deputada distrital e ex-vice-governadora do Distrito Federal, Arlete Sampaio (PT), anunciou a aposentadoria das eleições. “Dessa vez não serei candidata a nenhum cargo”, disse em entrevista ao Metrópoles.
“Eu acho que a gente tem que ter a consciência de que há um momento em que você deve parar e fazer uma espécie de transmissão geracional das suas funções. Desta vez, não serei candidata a nenhum cargo e estou tentando contribuir para a eleição de um jovem professor”, afirmou Arlete, referindo-se ao pré-candidato a deputado distrital Gabriel Magno.
Veja fotos da carreira política de Arlete Sampaio:
Arlete foi eleita vice-governadora em 1994, na chapa de Cristovam Buarque. Ela se elegeu deputada distrital pela 1ª vez em 2002, com o maior número de votos, e foi reeleita em 2010 e em 2018.
A petista entrou na política jovem, quando ainda era estudante de medicina da Universidade de Brasília (UnB). Ela conviveu com a ditadura, viu a redemocratização e ajudou a fundar o PT no Distrito Federal, partido do qual nunca saiu e no qual pretende continuar ajudando internamente.
Arlete foi autora de leis não só da saúde – sua área de formação – mas também de projetos voltados para educação, cultura, igualdade racial e de combate à violência doméstica. Ela apresentou, por exemplo, o projeto que reserva a negros e negras 20% das vagas de concursos públicos do Governo do Distrito Federal (GDF) e a proposta para a descentralização de recursos financeiros para as escolas, o que ajuda colégios a contratarem pequenas reformas e comprarem insumos. Os dois projetos de lei foram aprovados e sancionados.
A deputada é autora da lei que garante distribuição de absorventes nas escolas públicas e para mulheres em situação de vulnerabilidade. Também é dela a lei que prevê a tramitação prioritária dos processos administrativos que envolvem vítimas de violência doméstica.
Se preparando para despedir da vida pública, Arlete já faz planos para o futuro: “Não tendo essas atividades tão pesadas pela frente, eu vou poder ler mais – que é uma atividade que me faz falta – ouvir mais músicas e espero que, brevemente, possamos voltar a assistir espetáculos. Também quero viajar, que é uma coisa que eu gosto muito de fazer.”
Confira a entrevista de Arlete Sampaio na íntegra: