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Após privatização de subsidiária, CEB divulga lucro líquido recorde no DF

O presidente da Companhia Energética de Brasília prevê que a CEB vai reverter R$ 1,5 bilhão em dividendos para os acionistas até 2022

atualizado

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Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
CEB
1 de 1 CEB - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

A Companhia Energética de Brasília (CEB) teve lucro líquido consolidado de R$ 1,179 bilhão no 1º semestre de 2021. O valor representa um recorde da própria companhia e também entre as estatais do Distrito Federal.

O resultado foi alcançado em função da privatização da CEB Distribuição, subsidiária da holding vendida por R$ 2,5 bilhões para a Neoenergia.

Presidente da CEB, Edison Garcia disse à coluna Grande Angular, em entrevista nesta terça-feira (17/8), que maior parte dos resultados alcançados pela companhia serão revertidos à população, por meio da distribuição de dividendos pagos ao Governo do DF, acionista majoritário da CEB.

“O resultado do semestre mostra que a decisão de privatizar a distribuidora e manter as empresas de geração foi acertada. Verteremos para os acionistas, entre 2021 e 2022, perto de R$ 1,5 bilhão. O GDF possui 80% das ações. Os dividendos no caixa do GDF vão ajudar muito nos investimentos para a população do DF em infraestrutra”, afirmou Garcia.

Em maio deste ano, a CEB distribuiu R$ 553 milhões para acionistas, dos quais R$ 444 milhões foram para o governo local.

As empresas de geração e comercialização de energia da CEB captaram R$ 53 milhões no 1º semestre de 2021. A previsão da companhia é de que, no futuro, essas subsidiárias apresentem lucros de aproximadamente R$ 90 milhões: “O que era utilizado para bancar os prejuízos da distribuidora se reverterá em benfeitorias na cidade para a população”.

Iluminação pública

No contexto de mudanças dentro da CEB após a privatização da distribuidora de energia, a CEB Iluminação Pública foi criada para ficar responsável pela modernização e manutenção da iluminação de vias no DF.

O presidente da CEB disse que a companhia trabalha no projeto de eficiência energética, com a troca de todas as lâmpadas de vapor de sódio amarelas pelas lâmpadas de led: “São mais claras e consomem metade da energia”.

Ao longo de dois anos, devem ser investidos R$ 350 milhões no projeto. A expectativa é de que o programa reduza o consumo de energia pública dos atuais R$ 180 milhões para R$ 90 milhões. “Temos 300 mil lâmpadas para trocar e mais, aproximadamente, 50 mil para instalar em áreas escuras”, assinalou.

Garcia adiantou à coluna que a companhia vai captar recursos por meio de emissão de ações da CEB Iluminação Pública no mercado financeiro.

A CEB também tem uma operação de empréstimo internacional, no valor de 114 milhões de euros. O dinheiro deve ser usado para a iluminação pública do DF e a construção de usinas fotovoltaicas, em 2022, para abastecer as empresas e órgãos do GDF. “O objetivo é gerar energia limpa para os prédios do GDF”, afirmou Garcia.

Presidente da CEB, Edison Garcia
Edison Garcia é presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB) desde janeiro de 2019
Privatização

A Neoenergia Distribuição Brasília assumiu os serviço de distribuição de energia para os consumidores do DF em março deste ano. A empresa privada tem que investir mais de R$ 200 milhões na rede de distribuição do DF, além de cumprir metas de mais investimentos anuais e trocar equipamentos velhos e com fadiga.

“Também há fortes investimentos nas áreas com ligações irregulares que têm baixa qualidade de rede para melhorar o fornecimento para a população das ocupações incluídas no programa Energia Legal. Ele foi criado por nós em 2020, antes da privatização, para que a nova controladora possa investir em novas redes para 70 mil residências”, disse Garcia.

Segundo o presidente da CEB, Brasília tem muitos cabos e transformadores antigos que precisam ser substituídos, incluindo na área rural, o que não podia ser feito pela empresa pública, mesmo com lucro médio de R$ 40 milhões por ano.

A privatização da CEB Distribuição teve participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), que agora atua na privatização da Eletrobrás.

“A análise que se tem da privatização da CEB Distribuição é que o resultado foi muito bom para os acionistas GDF que receberão os resultados, para a população com melhores serviços e tarifa adequada e para a empresa e seus empregados, que foram todos mantidos e que receberam aumento de salário e garantia de emprego até 2022. Também vimos a empresa anunciar novas contratações de empregados. Essa força irá somar esforços com os 600 empregados que ficaram”, disse Garcia.

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