Após ofício de Aras, MP dá andamento ao caso de médica insultada no HRC
O Ministério Público do DF e Territórios vai enviar às áreas competentes a notícia-crime. Homem xingou médica de “louca” na porta do HRC
atualizado
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A pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vai encaminhar às áreas competentes a notícia-crime referente ao caso no qual um homem ofende uma médica em frente ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC).
O ofício do PGR direcionado à procuradora-geral de Justiça do DF, Fabiana Costa, foi recebido nesta segunda-feira (15/06). O documento será levado, hoje mesmo, aos setores competentes “para acompanhamento e eventual investigação”, segundo o MPDFT.
No meio da gravação, a médica emergencista que atua no pronto-socorro da unidade aparece com equipamento de proteção individual (EPI), fala para ele entrar e ver a situação na unidade e o chama de irresponsável.
“Vai cuidar da sua vida, louca, doente. Vai se internar. Arruma um psiquiatra para essa mulher aí. Arruma aí. Sua petista. Sai daqui, pão com mortadela. É petista. Prefiro ser Bolsonaro do que uma petista”, bradou o homem em certo momento, irritado com a profissional.
No ofício, o procurador-geral da República disse que chegou ao conhecimento dele o conteúdo de uma gravação audiovisual em que um indivíduo “ofende profissional de saúde em frente ao Hospital Regional de Ceilândia, causando perturbação ao funcionamento da mencionada unidade”.
Segundo Aras, “condutas dessa natureza colocam em risco a integridade física dos valorosos profissionais que se dedicam, de forma obstinada, a reverter uma crise sanitária sem precedentes na história do país”.
“Observadas as condições de procedibilidade, os eventos narrados, dotados de gravidade, podem ensejar, em tese, a responsabilidade criminal dos seus autores, razão pela qual solicito a Vossa Excelência a distribuição da presente notícia-crime para adoção das medidas que o (a) promotor (a) natural compreender necessárias”, escreveu no documento.
Confira a discussão:
A coluna não conseguiu contato com Tacio Rogério. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.