Após golpe frustrado, homem ameaça empresária Maria Amélia. Veja prints
Dona de cinco lojas de doces no DF, Maria Amélia contou à coluna que foi vítima de uma tentativa de golpe de homem que se passou por cliente
atualizado
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A empresária do Distrito Federal Maria Amélia Campos Dias, dona da Maria Amélia Doces, contou que um homem se passou por cliente para tentar aplicar um golpe e, após ter o plano frustrado, a ameaçou.
À coluna Grande Angular, Maria Amélia afirmou que o criminoso entrou em contato com a fábrica, neste sábado (17/7), alegando que o filho se cortou com um pedaço de metal supostamente encontrado dentro de um bolinho comprado em uma das cinco lojas dela.
A empresária, então, retornou o contato para pegar mais informações sobre o caso. O golpista, que tem DDD do Rio de Janeiro, enviou um vídeo com um pedaço de metal e uma foto que mostra um lábio cortado no canto esquerdo, sem revelar o rosto.
A empresária pediu para que ele mandasse o objeto para ela durante a semana. Mas o golpista insistiu que Maria Amélia adiantasse R$ 250 hoje mesmo, por meio do PIX, sob justificativa de que precisaria comprar açaí e sorvete para o filho, que ficaria cinco dias sem comer.
“Nesse setor de chocolate não tem metal. Usamos espátula de silicone, por exemplo”, afirmou Maria Amélia, ressaltando que desconfiou da conversa.
Pelo WhatsApp, o homem enviou a chave do PIX com o nome completo: Marcos Vinicius da Silva Figueiró. A partir desses dados, a filha de Maria Amélia descobriu que ele foi preso na Zona Norte do Rio, em 2014, por extorsão de comerciantes e falsa identidade.
A empresária brasiliense afirmou ao criminoso que a defesa dela entraria em contato com ele. Depois, o homem recuou, dizendo que não era necessário, e ameaçou: “Não precisa seu advogado me ligar. Vou deixar sua loja bastante conhecida”.
Maria Amélia disse que, após essa conversa, o golpista apagou as mensagens com os dados pessoais e a bloqueou no aplicativo.
Veja os prints:
Maria Amélia contou que quis expor a sua história para que outras pessoas fiquem atentas: “Na ânsia de querer resolver uma situação dessa, a gente pode cair em um golpe”.
A empresária afirmou que vai à delegacia na segunda-feira (19/7) para registrar boletim de ocorrência. “Trabalhamos para não ocorrer nenhum erro, mas pode ser que tenha. Temos que ficar atentos aos espertalhões”, afirmou.
Prisão
Segundo noticiado à época pelo O Dia, Figueiró e a esposa, Aline de Oliveira Fonseca, foram presos por aplicar golpes em comerciantes e empresários, principalmente do ramo de alimentos.
As investigações da Delegacia Especial de Crimes Contra o Consumidor (Decon) apontaram que ele se passava por fiscal do Procon ou policial da Decon e, de forma intimidatória, exigia dinheiro de comerciantes para não incriminá-los. A apuração mostrou que a esposa se fazia de vítima ao exigir dinheiro para não registrar ocorrência contra os empresários.
A coluna não conseguiu contato com Figueiró e a esposa.