Após denúncia de compra de votos, cestas básicas são apreendidas em Luziânia
A Polícia Militar foi acionada e encontrou um caminhão descarregando os produtos em um imóvel, no Parque do Cerrado. PCGO registrou o caso
atualizado
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A Polícia Civil de Goiás (PCGO) determinou a apreensão de cestas básicas em Luziânia, nessa quinta-feira (12/11), após denúncia de compra de votos. A cidade goiana está localizada no Entorno do Distrito Federal, a aproximadamente 60 quilômetros de Brasília.
Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi informada de que um caminhão estava distribuindo cestas básicas para compra de votos. O motorista e outros dois supostos envolvidos foram levados à delegacia.
A Justiça Eleitoral deverá ser comunicada sobre o fato. O caso será investigado como possível crime do art. 299 da Lei de Crimes Eleitoral, configurado pelo ato de dar, oferecer, prometer dinheiro e qualquer outra vantagem para obter voto. A pena pode chegar a 4 anos de prisão e pagamento de multa.
Na delegacia, o PM que atuou no caso informou que foi ao local, no Parque do Cerrado e, realmente, havia um caminhão descarregando os itens em um imóvel.
O caminhoneiro, de 39 anos, disse que pegou uma carga em Goiânia (GO) para levar a Luziânia. Segundo os dados da ocorrência policial, a nota fiscal dos produtos indicava 1 mil cestas básicas, mas no caminhão só havia 175. O motorista informou que o primeiro lote havia sido entregue por outra pessoa.
Além da divergência envolvendo a quantidade, o endereço para entrega era diferente. O destino final das cestas básicas, conforme registrou a polícia, seria o Fundo Municipal de Assistência Social.
O dono do imóvel, de 51 anos, informou que ficaria com seis cestas básicas, as quais solicitou na Prefeitura de Luziânia. Ele disse que não sabia para onde iriam as demais.
Na residência, havia dois veículos. Um dos motoristas, de 39 anos, informou à PM que é funcionário da Promoção Social da Prefeitura de Luziânia e que as outras pessoas estavam no local para ajudar a descarregar o caminhão.
A ocorrência não identificou qual seria o candidato responsável pela suposta compra de votos.
A Prefeitura de Luziânia e a assessoria do parlamentar não retornaram o contato da reportagem. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.