Ao decretar prisões, Moraes diz que QG estava infestado de terroristas
O ministro do STF Alexandre de Moraes pontuou três fatos que comprovariam “omissão” e “conivência” de autoridades com atos antidemocráticos
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse que o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, estava “infestado de terroristas”.
Ao decretar a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, e do ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF (PMDF), coronel Fábio Augusto, o ministro afirmou que “a omissão e a conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência ficaram demonstradas” em três fatos.
Alexandre Moraes apontou “total inércia no encerramento do acampamento criminoso na frente do QG do Exército, nesse Distrito Federal, mesmo quando patente que o local estava infestado de terroristas, que inclusive tiveram suas prisões temporárias e preventivas decretas”.
De acordo com o ministro, outro ponto que atestaria “omissão” e “inércia” das autoridades no ato que culminou na invasão do STF, Congresso e Palácio do Planalto é a “ausência de necessário policiamento, em especial do Comando de Choque da PMDF”.
O ministro ainda escreveu que os então responsáveis pela segurança do DF autorizaram “mais de 100 ônibus a ingressarem livremente em Brasília, sem qualquer acompanhamento policial, mesmo sendo fato notório que praticaram atos violentos e antidemocráticos”.
A Polícia Federal cumpriu o mandado de prisão do ex-comandante-geral da PMDF, nesta terça-feira (10/1). A corporação também fez busca e apreensão na casa de Anderson Torres, no Jardim Botânio (DF), mas a prisão ainda não foi cumprida porque o ex-secretário está nos Estados Unidos. Ele planeja voltar ao Brasil em breve, segundo a coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles.
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