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Alunos do EJA e dos CILs serão aprovados independentemente de frequência

Orientação da Secretaria de Educação consta em circular. Qualquer participação em atividades durante a pandemia é suficiente para aprovação

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Sala de aula no DF
1 de 1 Sala de aula no DF - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Secretaria de Educação orientou, por meio de circular, que os professores de turmas de educação profissional, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e dos Centros Interescolares de Línguas (CILs) aprovem os alunos independentemente da frequência deles nas atividades oferecidas durante a pandemia do novo coronavírus.

O texto recomenda que sejam aprovados os “estudantes que frequentaram os dias letivos ou acessaram a plataforma ou que forem atendidos por meio de materiais impressos, a partir do dia 13 de julho, independente do número de dias ou acessos/vezes”.

A recomendação é de que apenas os alunos que não participaram de qualquer atividade no período sejam reprovados. O texto destaca que “em razão da pandemia da Covid-19 e considerando as dificuldades que o ensino remoto impõe a todos, nenhum estudante terá como resultado final abandono”.

As orientações são para as turmas que adotam o calendário semestral – o encerramento do primeiro semestre letivo de 2020 será na próxima sexta-feira (25/9).

Confira trechos da circular:

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Esforço não compensado

A recomendação provocou queixas de professores. Os docentes consideram que o trabalho e a dedicação para oferecer conteúdo aos estudantes durante os períodos de restrições impostos pela pandemia do novo coronavírus foram desconsiderados pela Secretaria de Educação.

A diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), Rosilene Corrêa, ponderou que muitos estudantes continuam sem meios de acesso ao conteúdo produzido.

“Não concordamos com uma aprovação em massa. Mas também não defendemos a reprovação. Se não foi oferecido, não pode ser cobrado, é essa a triste realidade. Temos uma parcela significativa de estudantes que estão sem acesso [às aulas on-line], mais de 100 mil, de acordo com nossas pesquisas”, disse a sindicalista.

A entidade defende a adoção de um reorganização curricular. “Não se pode tratar o ano letivo de 2020 nos métodos tradicionais. Nossa proposta é que o ano letivo continue nos próximos anos, é pegar esses alunos que não estão participando de nada e inseri-los dentro de um processo de continuidade”, explicou Rosilene Correa.

Outro lado

As aulas presenciais estão suspensas no Distrito Federal desde o dia 12 de março por causa da pandemia do novo coronavírus.  Segundo o secretário de Educação do DF, Leandro Cruz, não há previsão de retorno presencial neste ano.

A Secretaria de Educação informou, por meio de nota, que trata-se de “um momento desafiador, complexo, causado por uma pandemia inesperada, que exige uma série de adaptações. O órgão está fazendo tudo para que sejam minimizados os impactos disso no ano letivo”.

O texto destaca que as orientações sobre a avaliação dos alunos da educação infantil e dos ensinos fundamental e médio estão em fase de elaboração.

“A pasta está trabalhando no processo de avaliação do ano letivo de 2020. No momento, o foco da Secretaria de Educação é garantir que os estudantes da rede pública de ensino tenham a aprendizagem necessária, a partir de aulas mediadas por tecnologias”, diz o texto.

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