Afastado do cargo, Ibaneis diz que respeita decisão de Moraes: “Fé nas instituições democráticas”
O governador do DF, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo pelo período de 90 dias, por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes
atualizado
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O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que respeita a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que afastou o emedebista do cargo por 90 dias.
Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (9/1), Ibaneis declarou que reitera a “fé na Justiça e nas instituições democráticas”. “Vou aguardar com serenidade a decisão sobre as responsabilidades nos lamentáveis fatos que ocorreram em nossa capital”, afirmou.
O emedebista enfatizou que agiu “com rigor, de forma a proteger não apenas o patrimônio, mas a honra do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, como na tentativa de invasão de maio de 2020, quando várias pessoas foram presas”.
O governador afastado disse confiar que a apuração das responsabilidades sobre os atos terroristas desse domingo (8/1) — com invasão do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto — vai esclarecer o papel de cada um dos agentes públicos.
Ibaneis acrescentou que as apurações vão provar que houve “inteira disposição” do Governo do Distrito Federal (GDF) “para evitar todo e qualquer ato que atentasse contra o patrimônio da capital”. “Jamais esperando que a situação atingisse o ponto a que, infelizmente, assistimos”.
“Além do mais, veemente repudio às cenas de barbarismo amplamente divulgadas. Necessário se faz buscar, sim, a responsabilidade de toda a rede que possa existir de financiamento de atos antidemocráticos, por óbvio, o devido processo legal”.
Leia a nota na íntegra:
“Diante do grave episódio de invasão das sedes dos três poderes da República neste domingo e das providências já adotadas pelo Executivo Federal e Judiciário, venho a público reafirmar e minha inabalável defesa e crença nas instituições, no Estado de Direito Democrático, na observância das leis e da Constituição, princípios que forjaram a minha carreira de advogado e homem público.
Confio que ao curso da apuração de responsabilidades será devidamente esclarecido o papel de cada um dos agentes públicos, bem como a inteira disposição do Governo do Distrito Federal no sentido de evitar todo e qualquer ato que atentasse contra o patrimônio público de nossa Capital, jamais esperando que a situação atingisse o ponto a que, infelizmente, assistimos.
Além do mais veemente repúdio às cenas de barbarismo amplamente divulgadas, necessário se faz buscar, sim, a responsabilização de toda a rede que possa existir de financiamento de atos antidemocráticos, observando-se, por óbvio, o devido processo legal.
Reitero a minha inteira solidariedade aos presidentes e integrantes dos Poderes constituídos, na certeza de que sairá a democracia fortalecida perante aos olhos do mundo, do povo do Distrito Federal e de todo o Brasil.
Em outros momentos graves, agi com rigor de forma a proteger não apenas o patrimônio, mas a honra do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, como na tentativa de invasão de maio de 2020, quando várias pessoas foram presas.
Respeito a decisão do ministro Alexandre de Moraes, mas reitero minha fé na Justiça e nas instituições democráticas. Vou aguardar com serenidade a decisão sobre as responsabilidades nos lamentáveis fatos que ocorreram em nossa capital.”