Advogados protestam em frente à OAB e pedem reestruturação da entidade
Os profissionais do direito protocolaram um manifesto no qual pedem a reestruturação da entidade
atualizado
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Um grupo de 12 advogados protestou em frente ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), nessa quinta-feira (5/10).
Representando o Movimento 162 – ADV, os profissionais protocolaram um manifesto no qual pedem a reestruturação da entidade.
“Ao passo em que comemoramos hoje, 05 de outubro de 2023, os 35 anos da Constituição Federal da República de 1988, entendemos que a maior instituição civil brasileira, com quase 1,3 milhão de inscritos, a Ordem dos Advogados do Brasil tem o dever de resgatar seu protagonismo e seguir cumprindo com as missões que lhe são atribuídas pela própria Carta Magna, quais sejam: representar a advocacia e executar suas finalidades institucionais e constitucionais”, diz trecho do documento.
Segundo os advogados, atualmente, há “afastamento da advocacia dos tribunais”, “violação de prerrogativas”, “ausência de apoio e defesa à jovem advocacia”, “evidente ausência de transparência na administração das eleições” e “ausência de independência de subseções”, situação que “revela ser indispensável a reestruturação do Sistema OAB”.
Veja o manifesto na íntegra:
“Ao passo em que comemoramos hoje, 05 de outubro de 2023, os 35 (trinta e cinco) anos da Constituição Federal da República de 1988, entendemos que a maior Instituição civil brasileira, órgão sui generis no cenário jurídico nacional, com quase 1,3 milhão de inscritos, a Ordem dos Advogados do Brasil, tem o dever de resgatar seu protagonismo e seguir cumprindo com as missões que lhe são atribuídas pela própria Carta Magna, quais sejam: representar a advocacia e executar suas finalidades institucionais e constitucionais.
A Carta fundamental de 05 de outubro de 1988 representa o contrato social de um empreendimento contínuo elaborado por mulheres e homens dispostos à construção de uma sociedade livre e igual. Os constituintes, ao disporem sobre o Sistema de Justiça, garantiram à advocacia papel fundamental na consolidação e no aperfeiçoamento da própria democracia e do Estado Democrático e de Direito.
Do preceito constitucional insculpido no artigo 133 da Constituição da República, consta não apenas a indispensabilidade da advocacia para a administração da Justiça, mas também a inviolabilidade dos seus atos e das suas manifestações no exercício da profissão. A Advocacia como primeiro juízo da causa, exerce, portanto, papel fundamental e pétrea na medida em que apenas com observância ao devido processo legal, com o irrestrito respeito
mútuo e paridade entre todos os atores integrantes do Sistema de Justiça, os valores democráticos prevalecerão.
O afastamento da Advocacia dos tribunais, muitas vezes por normas internas ilegais, as violações de prerrogativas que ocorrem diariamente, a ausência de apoio e defesa à Jovem Advocacia, em especial nas decisões das Seccionais, a evidente ausência de transparência na administração das eleições e, por fim, a ausência de independência das Subseções, revelam ser indispensável a reestruturação do Sistema OAB.
A Ordem dos Advogados do Brasil deve reassumir o protagonismo que a sociedade e a Advocacia brasileira esperam. Para tal finalidade, as transformações devem ser exercidas e aprofundadas inclusive no Sistema OAB, permitindo-se a inclusão e a efetiva participação de toda a Advocacia no debate.
Desse modo, ao celebrar os 35 anos da Constituição da República, o Movimento 162 – ADV manifesta pela obediência intransigente aos comandos constitucionais e à norma legal que rege a classe, exigindo o fiel cumprimento dos objetivos e diretrizes ali expostos, principalmente pelo próprio Sistema OAB e, em especial, no tocante ao apoio, a defesa e a valorização da Advocacia, haja vista que sem isso não haverá inclusão e participação daqueles que são, efetivamente, indispensáveis à administração da justiça.“