Advogado que atropelou servidora no Lago Sul tem pena reduzida
A 2ª Turma Criminal desconsiderou denúncia por furto qualificado, de 2003. A pena de Paulo Ricardo Milhomem reduziu de 11 anos para 9 anos
atualizado
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O advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, condenado por atropelar a servidora Tatiana Matsunaga após briga de trânsito, teve a pena de prisão reduzida de 11 anos para 9 anos e 6 meses.
A 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu, por unanimidade, excluir a avaliação negativa de antecedente do réu. Em primeira instância, foi considerada uma denúncia por furto qualificado, praticado em 2003.
Em julgamento nessa segunda-feira (4/3), porém, os desembargadores da 2ª Turma Criminal entenderam que a sentença sobre o crime de furto qualificado não seria apta para configurar mau antecedente, porque houve prescrição do caso.
A 2ª Turma Criminal manteve a prisão do advogado. “Subsiste a gravidade concreta da conduta, sobretudo porque o apelante, após uma briga de trânsito com a vítima, seguiu esta até sua residência; no local, voltou a discutir com a ofendida e, em seguida, acelerou o veículo e a atropelou, na frente de seu marido e do filho de apenas oito anos, causando lesões que levaram à hospitalização da vítima em estado gravíssimo”, disse o relator, desembargador Roberval Belinati.
Veja imagens do caso:
Lembre o caso
O Tribunal do Júri de Brasília havia condenado Milhomem a 11 anos de prisão por tentativa de homicídio qualificado, em regime inicialmente fechado. O julgamento ocorreu em 26 de julho de 2023.
O advogado atropelou Tatiana após uma briga de trânsito, na frente do marido e do filho dela, na rua onde mora a vítima. A servidora teve múltiplas lesões no quadril e no tornozelo, além de traumatismo craniano, o que a levou à UTI. Ela precisou de mais de um ano para recuperar parte da capacidade física, motora e mental, mas ainda depende de medicamentos e de fisioterapia.