Advogado entra com ação para impedir Renan e Jader Barbalho em CPI
Cotado como relator da CPI da Pandemia, o senador Renan Calheiros declarou suspeição para tratar dos temas envolvendo Alagoas
atualizado
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Uma ação popular apresentada à Justiça Federal, nesse sábado (24/4), pede liminar para impedir que os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Jader Barbalho (MDB-PA) participem da CPI da Pandemia. Na noite anterior, o processo havia sido iniciado erroneamente no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), esclareceu o autor, o advogado Hazenclever Lopes Cançado.
A ação alega que Renan (foto em destaque) é pai do governador de Alagoas, Renan Filhos (MDB); e Jader é pai do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), dois estados que podem se tornar alvos da comissão.
“Assim, é de clareza solar que os senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho não podem, sequer, integrar a CPI Covid-19, pois as administrações dos estados que seus filhos governam serão investigadas, já que receberam recursos federais para o combate da pandemia”, pontuou.
Na noite de sexta-feira, Renan Calheiros se antecipou e declarou suspeição para votar ou relatar apenas as questões que envolvam Alagoas. O senador é cotado com o futuro relator da CPI.
Um outro processo, de autoria da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), tramita na Justiça Federal com o objetivo de barrar a indicação de Renan para a relatoria do colegiado. Segundo a bolsonarista, o emedebista não tem “dignidade e ilibada reputação” para assumir o cargo.
A CPI da Covid-19 vai investigar omissões e possíveis crimes do governo federal em relação à pandemia. Também está prevista a convocação de ao menos seis ministros ou ex-ministros do governo Jair Bolsonaro (sem partido) para que deem explicações sobre o enfrentamento à crise no país.
A CPI vai ser instalada na próxima terça-feira (27/4), dia em que serão definidos presidente, vice-presidente e relator do colegiado.