Advogado de jornalista sobre autor de facadas: “Estava lúcido, sim”
O jornalista da TV Globo Gabriel Luiz foi brutalmente esfaqueado no Sudoeste. O autor das facadas alega insanidade mental
atualizado
Compartilhar notícia
O advogado do jornalista da TV Globo que foi brutalmente esfaqueado, Marcelo Lucas de Souza, disse à coluna que o acusado do crime “estava completamente lúcido” quando desferiu 10 facadas contra Gabriel Luiz.
Homem que esfaqueou jornalista Gabriel Luiz alega insanidade mental
A coluna revelou que José Felipe Leite Tunholi entrou com um pedido na Justiça para confirmar insanidade mental. Se laudos atestarem que o réu não tinha capacidade mental de entender que cometeu um crime, ele deve deixar a cadeia comum e ser internado em uma instituição psiquiátrica.
Porém, a tese da defesa é contestada pelo advogado da vítima. “Com base nos documentos e nas provas coligadas aos autos, observa-se que o acusado estava em plena consciência perante à dinâmica dos fatos criminosos. Então, penso que estava, sim, completamente lúcido, sim, nos atos praticados, afirmou Souza.
Felipe responde a processo por tentativa de latrocínio e corrupção de menor, já que o outro autor do crime tem menos de 18 anos.
Gabriel Luiz recebeu 10 facadas quando estava a caminho de casa, no Sudoeste (DF), na noite de 14 de abril de 2022. O adolescente segurou Gabriel Luiz pelo pescoço e levou seus bens, enquanto Felipe desferiu várias facadas na vítima. Durante a agressão, Felipe chegou a atingir uma das pernas do comparsa.
Um vizinho do jornalista ouviu os gritos de socorro e começou a gritar também, avisando que o crime estava sendo filmado e que estava descendo para encontrar com os assaltantes, que fugiram do local. Tanto o adolescente quanto Felipe confessaram o crime, que foi concluído pela Polícia Civil do DF como tentativa de latrocínio (roubo seguido de tentativa de assassinato).
Gabriel Luiz ficou gravemente ferido, passou por cirurgias e teve alta após 23 dias internado. A promotora de Justiça Ana Cláudia Magalhães Alves de Melo afirmou que as lesões corporais causadas pela dupla só não resultaram na morte da vítima “por circunstâncias alheias às vontades dos dois”.