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Acusados de matar casal por preço de coxinha vão a júri popular

Vítimas também disputavam local de venda perto de faculdade em Águas Claras. Trio ajoelhou e atirou no casal, que morreu abraçado

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Imagem colorida de um homem com pele clara e barba, cabelo e bigode na cor preta - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de um homem com pele clara e barba, cabelo e bigode na cor preta - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

Começou nesta quarta-feira (20/3) o julgamento dos envolvidos nos homicídios de Laércio José Moreira, à época com 54 anos, e da esposa dele, Helena Maria da Costa Moreira, 50. O crime ocorreu na casa das vítimas, em abril de 2022, na QNP 32, em Ceilândia.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) descobriu que os assassinatos teriam como motivação uma disputa por causa do ponto de venda de lanches e dos preços de coxinhas comercializadas pelo casal e pelo principal acusado em Águas Claras (leia mais abaixo).

Morte de casal a tiros no DF ocorreu por diferença no preço da coxinha

De acordo com as investigações, na data do crime, Hyago Lorran Franco (foto em destaque), 29 anos, reuniu três amigos de infância — todos moradores do Recanto das Emas — e para, em suas palavras, “assustá-lo”.

A bordo de um Pálio vermelho de uma amiga que não estava envolvida no crime, o grupo partiu para a casa de Laércio. O motorista, identificado como um adolescente, permaneceu no veículo, enquanto os outros três desceram e entraram na residência.

De acordo com as investigações, os criminosos teriam ajoelhado as vítimas e disparado contra a cabeça e o pescoço de Laércio e Helena, respectivamente. As vítimas morreram abraçadas.

Depois, pegaram celulares, uma televisão, dinheiro e o carro do casal, que foi usado na fuga. Mais tarde, os acusados abandonaram os objetos roubados em uma mata próxima e descarregaram o extintor de incêndio de pó em todo o veículo para tentar apagar as impressões digitais. Em seguida, o deixaram em um lava a jato do Recanto das Emas.

Briga por preço de coxinha

Conforme informou a PCDF à época, Hyago vendia salgados próximo a uma faculdade em Águas Claras, onde as vítimas também trabalhavam comercializando o mesmo produto. A confusão entre eles começou após uma reforma na instituição de ensino obrigar Laércio a mudar o ponto de venda para parto do estande de Hyago.

Após diligências, a autoridade policial concluiu que a diferença de preços nos salgados foi o estopim para o desentendimento entre os comerciantes. Laércio procurou Hyago para uma conversa, mas discutiu com o rapaz e quase brigar com ele. Após isso, foi ameaçado. “Laércio vendia por R$ 5 a coxinha, e o outro vendia por R$ 4”, explicou o delegado do caso à época.

Os quatro acusados respondem perante ao Tribunal do Júri por homicídio qualificado, por motivo torpe e sem chance de defesa para as vítimas, além de corrupção de menor para os maiores de 18 anos. A pena de cada crime varia de 6 a 20 anos.

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