Açougueiro vai a júri popular por esquartejar ex e esconder em freezer
Wandeson Cleiton Rodrigues de Almeida é acusado de matar, esquartejar e esconder as partes do corpo da ex-namorada em um freezer
atualizado
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O Tribunal do Júri de Águas Lindas de Goiás, Entorno do DF, vai julgar, nesta quarta-feira (19/10), o homem acusado de esquartejar a ex-namorada e esconder as partes do corpo dela em um freezer.
O açougueiro Wandeson Cleiton Rodrigues de Almeida fugiu após o crime, no município goiano, e foi preso em Luís Eduardo Magalhães (BA). O crime ocorreu no dia 19 de janeiro de 2020.
A morte violenta de Ketley Estefany Silva Nascimento, que tinha 17 anos à época, lembra o caso de Elisa Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido, Marcos Matsunaga, em São Paulo.
Vizinhos de Wandeson disseram que ele passou o dia após o crime conversando com conhecidos, como se nada tivesse acontecido.
De acordo com uma vizinha, que não quis se identificar, durante a manhã e parte da tarde de domingo (19/01/2020), Wandeson esteve sentado na calçada e também bateu papo com alguns amigos na porta da residência, mas não deixou ninguém entrar. “Depois, mais para o meio da tarde, ele pegou o capacete e foi andar de moto com eles”, relata a vizinha.
Um amigo do suspeito, que também não quis se identificar, diz que Wandeson era acostumado a ingerir bebida alcoólica quase todos os dias. “Bebia muito e usava droga. Junta isso tudo, aí já viu, né?”
Ele próprio não chegou a conversar com Wandeson depois do crime, mas relata que outros amigos ouviram do açougueiro uma história estranha. “Disse que não lembra de nada do que aconteceu. Teve um apagão”, explica.
Motivação
Segundo o delegado do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) da Polícia Civil de Goiás (PCGO), Cléber Junio Martins, o jovem confessou o feminicídio. Ele não gostou de ver mensagens trocadas com outro homem no celular dela. “Já teria acontecido uma traição anterior. Ele perdoou, mas agora estaria acontecendo novamente”, explicou.
O relacionamento entre os dois era complicado, conforme conta o delegado Danilo Nunes, que coordena as investigações. Os dois, que se conheceram por aplicativo de mensagens, só moraram juntos por poucos dias no fim de 2019.