A pedido, diretoria do PL autoriza desfiliação de Daniel Donizet após acusações de violência contra mulher
Defesa de Donizet entrou com pedido no TRE para autorizar a saída. Se aprovada, em uma nova etapa, deputado deve solicitar desfiliação
atualizado
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A diretoria do Partido Liberal (PL) autorizou o deputado distrital Daniel Donizet a deixar a sigla e solicitar a desfiliação partidária. O pedido foi feito, nesta quarta-feira (16/8), pelo parlamentar após o distrital ser alvo de processo na comissão de ética da legenda, em decorrência de acusações de suposto assédio envolvendo um ex-assessor do gabinete de Donizet, conforme Metrópoles revelou.
“A decisão ocorreu, principalmente, após a legenda abrir processo disciplinar contra o mandatário, mesmo ciente de que o parlamentar não foi notificado ou sequer citado na investigação que envolve uma garota de programa e um ex-assessor”, respondeu a assessoria do deputado em nota.
A defesa do parlamentar entrou com um pedido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para autorização da saída. Caso aprovada, em uma nova etapa, Donizet deve solicitar o pedido de desfiliação partidária. O objetivo desse pedido inicial é para que não seja acusado futuramente de infidelidade partidária.
Após o pedido do deputado, a comissão executiva do partido autorizou o pedido de desfiliação e determinou imediata suspensão do processo ético disciplinar que estava correndo no partido contra ele.
Se o TRE aprovar, o entendimento do PL é pelo arquivamento do processo.
Propostas
A coluna apurou que, quando deixar o PL, o parlamentar não deve ingressar de imediato em nenhum partido, mas há possibilidade de aderir ao MDB, que é a maior bancada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Os bastidores apontam que o partido do governador Ibaneis Rocha seria uma possibilidade de continuar com as pautas que o parlamentar defende, como a proteção aos animais.
Entenda as denúncias
Uma garota de programa, de 25 anos, afirma ter sido vítima de agressões físicas e sexuais por parte de Marco Aurélio Oliveira Barboza, ex-assessor do deputado distrital Daniel Donizet. De acordo com a vítima, o político teria ouvido e percebido os crimes, que ocorreram em um motel, no Núcleo Bandeirante, em março deste ano.
Na época, o gabinete de Daniel Donizet disse que a denúncia é “infundada” e o parlamentar não esteve presente no local apontado pela garota de programa, nem participou do evento citado.
A assessoria do deputado destacou interesses em oposicionistas em tomar o cargo. “O parlamentar comprovará a inocência e que tudo não passou de uma cruel investida de oposicionistas interessados em tomar, de forma não democrática, a cadeira na Câmara Legislativa para qual ele foi eleito de forma legítima”.
Veja nota na íntegra
“A assessoria de imprensa do deputado Daniel Donizet confirmou que o parlamentar solicitou a anuência da Executiva do PL para a possível desfiliação da sigla. A decisão ocorreu, principalmente, após a legenda abrir processo disciplinar contra o mandatário, mesmo ciente de que o parlamentar não foi notificado ou sequer citado na investigação que envolve uma garota de programa e um ex-assessor.
A defesa do deputado Daniel Donizet recebeu a notificação do referido processo disciplinar e apresentou as respostas técnicas. Afirma ainda que seu cliente está absolutamente tranquilo de que não cometeu nenhuma conduta que viole a ética partidária e destaca, novamente, que o distrital repudia todo e qualquer ato de violência contra a mulher. Reforça que, no decorrer do processo, o parlamentar comprovará a inocência e que tudo não passou de uma cruel investida de oposicionistas interessados em tomar, de forma não democrática, a cadeira na Câmara Legislativa para qual ele foi eleito de forma legítima.”