A absolvição de Filippelli no TSE abre alas para a salvação de Temer
O julgamento que condenou Agnelo, mas livrou Filippelli, reforçará tese de defesa de Temer nos processos a que responde ao lado de Dilma
atualizado
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O entendimento dos ministros do TSE que absolveram na noite desta terça-feira (7/2) o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), mas condenaram o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) em uma ação de propaganda irregular durante a campanha de 2014, é uma forte sinalização de que o presidente Michel Temer pode se ver livre dos processos eleitorais a que responde ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff.
O voto do relator que isentou Filippelli, mas manteve a pena de Agnelo, está alinhado ao raciocínio de defesa elaborado pelo presidente da República para evitar uma condenação que lhe apearia do Palácio do Planalto. O ministro Henrique Neves considerou que “não há no caso como ser declarada a inelegibilidade do recorrente Nelson Tadeu Filippelli, em face da impossibilidade de ele responder pelos atos praticados de responsabilidade do então governador”.
A tese exposta pela Corte do TSE e que cabe na medida das necessidades de Temer deve ser fartamente lembrada no julgamento das quatro ações às quais o presidente da República responde nesse tribunal. Da mesma forma que Filippelli fez, a defesa de Michel Temer requer que as prestações de conta do PMDB sejam analisadas separadamente. No caso federal, o relator do processo é o ministro Herman Benjamin.
Embora não haja uma data certa para o julgamento da chapa de Dilma e Temer, o presidente certamente se projetou na vitória de seu assessor e correligionário do PMDB Tadeu Filippelli. O primeiro segue mais à vontade no cargo e o segundo mira com mais convicção em 2018.