300 do Brasil convoca encontro para o mesmo dia de protesto antifascista
Bolsonaristas se reunirão na Funarte para “treinamento”. Manifestações de oposição ao presidente da República ocorrerão na Esplanada
atualizado
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Com protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) marcadas para este domingo (07/06) na Esplanada dos Ministérios, a militante bolsonarista e líder do movimento 300 do Brasil, Sara Winter, convocou apoiadores do chefe do Executivo para um “treinamento intensivo de técnicas de revolução não violenta” no mesmo dia.
O ponto de encontro definido pelo grupo é o estacionamento da Funarte, próximo à Torre de TV, a menos de três quilômetros de onde se reunirão os manifestantes antifascistas. Apesar da proximidade, o evento marcado pelo 300 tira os acampados da rota das pessoas que participarão do protesto contra Bolsonaro.
Na convocação, Sara diz contar “com apenas os corajosos que estão dispostos a dar sono, suor e sangue pelo Brasil”. Além do “treinamento”, os participantes receberão almoço e lanche em troca da doação de um quilo de alimento não perecível, de acordo com o anúncio.
Como mostrou o Metrópoles, o grupo acampando em frente ao Ministério da Justiça desde 1 de maio faz uma devassa na vida de quem ingressa no 300 do Brasil. Os entusiastas precisam informar sua cidade natal, em quem votou, se conhece o movimento, se tem redes sociais, se deseja acampar e, sobretudo, devem apresentar RG, CPF e entregar o celular a um dos coordenadores. O candidato também recebe um resumo do que é o movimento e quais são suas diretrizes. A pauta do grupo é lida, geralmente, em mensagens no celular.
Protestos
Pelo menos 10 capitais no país têm atos contra Bolsonaro convocados para este fim de semana. Em Brasília, além do Unidos Pela Democracia Contra o Racismo e o Fascismo, que reunirá integrantes de torcidas organizadas de times de futebol, está marcada para ocorrer, também às 9h e em frente à Biblioteca Nacional de Brasília, a Marcha Antifascista, que tem como lema Esmague o Estado, Esmague o Fascismo.
A pauta divulgada pelo movimento envolve o fim do “encarceramento em massa” e o desmatamento da Floresta Amazônica, bem como a luta contra o neofascismo e a defesa de que vidas negras importam.