Tribunal de Justiça Desportiva ignora culpados e quer punir inocentes
TJD-DF acata liminar em que proíbe presença de torcedores do Gama e do Brasiliense nos estádios, e finge que não vê os verdadeiros culpados
atualizado
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O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal (TJD-DF), Vinicius Henrique Bernardes dos Santos, acolheu pedido de liminar da Procuradoria do Tribunal de Justiça do Futebol do Distrito Federal, em desfavor das equipes do Gama e do Brasiliense, após os conflitos verificados por ocasião do jogo desta quarta-feira (26/1), no Estádio Mané Garrincha, pelo Campeonato do DF.
O Procurador-Geral subsidia seu pleito na súmula da partida, assinada pelo árbitro Sávio Sampaio, e com imagens colhidas da mídia esportiva, como forma de forma o convencimento.
O procurador-geral Felipe Lacerda pediu em sede de liminar que as torcidas das equipes participantes fiquem impedidas, assim como seus associados ou membros, de comparecer a eventos esportivos por prazo que o Tribunal julgue necessário.
Há pelo menos dois graves equívocos no documento que fundamenta a referida denúncia. Primeiro, o fato de a torcida do Brasiliense ter sido vítima da agressão por parte da torcida do Gama. Por esse motivo, é algo inaceitável que o clube e os seus adeptos sejam passíveis de qualquer medida punitiva.
O segundo e mais grave erro é desconsiderar que todo o tumulto que foi gerado pela torcida do Gama teria sido evitado, não fosse a omissão da Federação de Futebol do Distrito Federal e, sobretudo, do árbitro Sávio Sampaio.
Eles tinham conhecimento da falta de policiamento na arquibancada do estádio, antes mesmo de o jogo efetivamente ser iniciado.
Foi uma atitude arriscada e irresponsável deixar que o evento prosseguisse, sem a certeza de que o público pagante estava devidamente resguardado por um aparato de segurança.
Em resumo, o Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal (TJD-DF) precisa ter a coragem de punir os verdadeiros responsáveis pelos graves incidentes que aconteceram no Mané Garricha.
Os culpados são o presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), Daniel Vasconcelos, e o árbitro Sávio Sampaio, este último tinha a prerrogativa de impedir que o evento fosse realizado sem a devida segurança, mas furtou-se de sua responsabilidade.
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