Quando o Botafogo perdeu duas partidas seguidas (1 x 2 Goiás e 2 x 3 Athletico), muita gente achou que isso poderia abalar a sua liderança no Brasileirão. E o teste de fogo foi exatamente contra o Fluminense, do festejado técnico Fernando Diniz.

Ainda mais quando se sabe que, no caso desse grande clássico carioca, o fator campo não ajuda em nada o dono da casa. O histórico no Nilton Santos é nitidamente melhor para o Flu, com 20 vitórias, 10 empates e 13 derrotas. Basta lembrar que o Botafogo não ganhava do Fluminense nesse estádio desde 2018. Foi um importante tabu quebrado.

Mas o Botafogo de Luiz Castro mostrou que não é líder por acaso. É líder porque está com um time muito bem organizado, que se defende muito bem e tem um ataque respeitável, com Tiquinho Soares e Júnior Santos, o “Mbappé tupiniquim”.

Foi um jogo aberto, cheio de oportunidades, principalmente para o Botafogo, que finalizou 19 vezes, contra apenas três do Fluzão.  E a torcida tem todo o direito de gritar “segue o líder!”, porque ninguém vai conseguir alcançá-lo nesta 6ª rodada.

Só mais um detalhe nesse jogaço do Rio de Janeiro: está ficando chato essa mania do técnico Fernando Diniz, que grita e xinga alguns dos seus jogadores da beira do gramado. Só que os seus gritos, invariavelmente, são direcionados apenas para os mais jovens. São broncas seletivas. Nunca levantou a voz para Ganso, Germán Cano e outras estrelas.

Fiquei pensando aqui comigo: se um dia o Diniz for para a Seleção, provavelmente não vai gritar com ninguém, porque lá só tem medalhão.

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