Pouca gente no Maracanã: desinteresse do Flamengo contagiou a torcida
A vitória sobre o Atlético-GO repõe o time na vice-liderança do Brasileirão, mas a prioridade é a Libertadores
atualizado
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O Flamengo de Renato Gaúcho não precisou jogar bem para derrotar o Atlético-GO e reassumir a vice-liderança do Brasileirão (está agora a nove pontos do Galo). Apesar da vitória, ficou a impressão de que o time já perdeu o interesse pelo campeonato.
Faltando pouco mais de 20 dias para a final da Libertadores, contra o Palmeiras, talvez o planejamento seja recuperar todos os titulares para a última grande batalha do ano. Arrascaeta, por exemplo, faz uma falta muito grande. Gabigol, Bruno Henrique e Everton Ribeiro não conseguiram brilhar. O dono da noite foi o pequeno Michael, autor de dois gols. Caiu nas graças de Renato Gaúcho e principalmente da torcida.
E por falar em torcida, o Flamengo foi quem mais brigou pela volta de público aos estádios, mas a resposta da massa rubro-negra tem sido tímida. Hoje, somente 18,5 mil pessoas passaram pelas bilheterias do Maracanã. É muito pouco, se a gente comparar, por exemplo, com o jogo do Corinthians contra a Chapecoense, na última segunda-feira, com 40 torcedores na Neo Química Arena. Ou seja, o desinteresse do time pelo Brasileirão contagiou também a sua fanática torcida.
A verdade é que os clubes (e não apenas o Flamengo) invariavelmente estão pagando para jogar. Os cartolas inventam muitas taxas, cujos valores são definidos aleatoriamente. No caso do Maracanã, o aluguel do estádio subiu inexplicavelmente de R$ 30 mil para R$ 90 mil. A despesa operacional de um jogo pode variar entre R$ 60 mil e R$ 350 mil. Além disso, ainda há custos que não existiam no período em que os jogos eram disputados de portões fechados. A cota da FERJ chega a R$ 20 mil e a despesa para confeccionar ingresso pode passar dos R$ 35 mil. É incrível isso, mas é uma realidade.
Talvez seja o que algumas pessoas chamam de “o novo normal”.