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Pelé deu risadas com cantor que achava que era bom de bola

Histórias da Copa de 1970 revelam a risada de Pelé com o piripaque de um artista que teve a ideia de “treinar” na altitude do México

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Sandro Baebler /Hublot via Getty Images
Pelé, o Rei do Futebol
1 de 1 Pelé, o Rei do Futebol - Foto: Sandro Baebler /Hublot via Getty Images

As histórias que envolvem o Rei Pelé são inesgotáveis – dentro e fora de campo. Algumas são bastante curiosas, como a do cantor e compositor Wilson Simonal, que foi convidado como um dos membros da delegação brasileira que foi disputar a Copa do Mundo do México, em 1970.

Essa história está no documentário Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei. Consta que Wilson Simonal gostava de jogar futebol e se achava muito bom de bola.

E, embora estivesse ali como “convidado cantor” – alguém que, com o seu talento artístico, pudesse animar um pouco o ambiente da concentração, sempre surgia a oportunidade de bater bola com os craques.

“Isso é até inevitável para qualquer ser humano. Você é um peladeiro e, de repente, se vê, na intimidade, diante de Pelé, Tostão, Rivelino, Clodoaldo e Gérson. Claro que vai tentar fazer pelo menos umas embaixadinhas.”

Os jogadores, na base da gozação, diziam: “Olha, ele é craque também”. Só que, na época, o atacante Rogério se machucou e precisou ser cortado. O técnico Zagallo precisava convocar um jogador para seu lugar. Aí, algum gaiato do grupo falou: “Porque não o Simonal?”

“Os caras resolveram levar na brincadeira e disseram que poderia ser ele. Mas a grande loucura é que ele acreditou”, admite o filho Simoninha.

No mesmo documentário, Pelé também comentou a brincadeira. Aos risos, o Rei do Futebol declarou:

“Ele achava que era atleta, que estava bem. Um dia, na recreação, ele sugeriu para nós [jogadores]: ‘Vamos fazer um treino de dois toques’. Eu falei tá legal. Arrumaram chuteira pra ele, se organizou todo e fomos fazer dois toques. Aí então [Pelé não para de rir…], eu lembro como se fosse hoje, fizemos 15 minutos de aquecimento. Então, ele se sentiu mal. No México, com a altitude, deu um piripaque nele, veio o doutor botar oxigênio…”

Na época, os jornais noticiaram o episódio: “Simonal não está aclimatado à altitude e, por causa disso, sentiu-se mal ao tentar acompanhar o ritmo dos jogadores, tendo de ser atendido pelos massagistas Mário Américo e Nocaute Jack, que lhe aplicaram massagens e molharam sua cabeça com água fria”.

Depois disso, resolveu ficar na dele. Como cantor. E deu show.

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