Paulo Sousa será igualzinho a Domènec, Ceni e Renato. Pode cair logo
O grande problema do Flamengo é a “sombra” de Jorge Jesus, que deixa sob pressão qualquer treinador que assumir o comando do time
atualizado
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Algo me diz que Paulo Sousa foi chamado para um mandato-tampão no Flamengo. Na impossibilidade de resgatar Jorge Jesus (e não foi por falta de tentativas), a diretoria Rubro-negra foi buscar outro português, que estava treinando a Polônia, onde atua Lewandowski, um dos melhores jogadores do mundo.
O problema não é nem o pobre currículo do sr. Paulo Sousa. Isso as vezes é irrelevante. Lembre-se que o seu compatriota Abel Ferreira veio para o Palmeiras numa condição semelhante. Hoje é bicampeão da América.
O currículo de Paulo Sousa como treinador começou a ser construído a partir de 2005, quando comandou a seleção sub-16 de Portugal. Depois, seguiram-se experiências no Queens Park,, Rangers, Swansea City, Leicester City, Videoton, Maccabi Tel Aviv, Basel, Fiorentina, Tianjin Quanjian, Bordeaux e finalmente a seleção da Polônia.
Pra não dizer que não ganhou títulos, anote aí: Taça da Liga da Hungria, Supertaça da Hungria, Campeonato de Israel, e Campeonato Suíço. Percebeu, né? Nada muito empolgante.
Pelos números de vitórias, empates e derrotas, podemos avaliar os seus trabalhos nos últimos cinco anos: Tianjin Quanjian (12 V, 9 E 15 D); Bordeaux (13 V, 12 E, 17 D); e Polônia (6 V, 5 E, 4 D).
Só que o problema do Flamengo é a sombra de Jorge Jesus. Qualquer um que chegar na Gávea sofrerá com isso. Poderia ser Pep Guardiola ou José Mourinho, se não ganhar tudo, haverá sempre uma grande parte da torcida e da mídia que irá lembrar dos bons tempos do Míster.
Mas Paulo Sousa vem aí, e terá um crédito de confiança inicial, assim como aconteceu com Domènec Torrent, Rogério Ceni e Renato Gaúcho. Ao primeiro sinal de indecisão e ou até falta de sorte, o cara será fritado.
Eu penso – e até já falei aqui algumas vezes – que um dia o Flamengo precisará trazer Jorge Jesus de volta. Ou pra repetir o sucesso de 2019, ou para desmistificar essa imagem de “técnico perfeito”.
Como diz o poeta Caetano Veloso, “é impressionante a força que as coisas parecem ter quando elas precisam acontecer”.
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