Palmeiras ganha do Sport com gol de bunda. E pode isso, Arnaldo?
Como diria o folclórico Dadá Maravilha: “não existe gol feio; feio é não fazer gol”
atualizado
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Pode isso, Arnaldo? É um famoso bordão de Galvão Bueno, em sua parceria com o ex-árbitro Arnaldo Cézar Coelho, sempre que surgia um lance duvidoso durante uma transmissão de futebol.
Pois nesta segunda-feira (25/10), o Palmeiras ganhou do Sport Recife com um gol de bunda, marcado pelo atacante Luiz Adriano.
Segundo tempo, o Verdão perdia por 1 x 0 no Allianz Parque, a torcida já se mostrava impaciente, quando uma bola foi cruzada na pequena área, bateu na bunda de Luiz Adriano e foi pras redes. Pode isso?
Como diria o próprio Arnaldo: a regra é clara. Só não pode gol de mão. Ou até pode, se ele for marcado por Maradona num jogo da Copa do Mundo de 1986, contra a Inglaterra, naquilo que ficou consagrado como “la mano de Dios”. Sorte dele que ainda não tinham inventado o VAR…
Mas, enfim, Luiz Adriano, que não marcava há mais de um mês, protagonizou esse lance bizarro, meio sem querer, e ainda fez gesto de silêncio para a torcida que andava pegando no seu pé.
Talvez esse gol de bunda entre para a a galeria dos “inesquecíveis”. Não tanto quanto o de Renato Gaúcho, na final do Campeonato Carioca, pelo Fluminense. Renato fez muitos gols como jogador. Fez até o gol do título do Mundial Interclubes, em 1983, contra o Hamburgo. Mas o seu gol mais famoso foi o do Cariocão/95.
O gol de barriga de Renato Gaúcho é de longe um dos mais famosos do futebol brasileiro. Em 25 de junho de 1995, Aílton driblou Charles Guerreiro, bateu cruzado e coube ao camisa 7 dar o título do ao Fluzão sobre o Flamengo de Romário, então melhor jogador do mundo. De barriga!
E, a propósito de gols inusitados, nunca esqueci uma entrevista que fiz com Dadá Maravilha, no final da década de 1980. Ele era técnico do Tiradentes-DF, e confessou-me candidamente na TV Brasília:
“Nunca aprendi a jogar futebol pois perdi muito tempo fazendo gols. E você sabe que não existe gol feio; feio é não fazer gol.”
Também acho.