No clássico deste domingo (13/3) em que o Palmeiras derrotou o Santos no Allianz Parque, uma imagem forte flagrada pelas câmeras do canal TNT Sports (foto acima) mostra o momento da contusão do atleta Mayke.

O lateral do Palmeiras prendeu o pé na grama sintética e teve uma torção grave no tornozelo. Isso chama a atenção para os riscos que os jogadores correm nesse tipo de terreno.

No sábado (12/3), o Flamengo inaugurou a grama “híbrida” do Maracanã (uma parte natural, outra sintética) e goleou o Bangu por 6 x 0. Não houve incidentes, felizmente, mas muitos especialistas chamam a atenção para os perigos que os atletas estão correndo.

A contusão de Mayke do Palmeiras só reacende uma polêmica que existe no mundo inteiro. Em 2021, por exemplo, a seleção da Inglaterra ameaçou não entrar em campo para um jogo no Estádio Nacional de Andorra, que tem gramado sintético.

O que os especialistas dizem é que a maioria dos jogadores não está acostumada com esse tipo de piso. Se você pega um atleta que sempre treina na grama sintética, ele terá menos problemas. Mas quem não joga com frequência acaba sentindo. É uma questão de costume.

Alguns citam  o exemplo dos tenistas. O atleta que aprende a jogar no saibro (terra e argila) se acostuma a dar uma escorregada para rebater uma bola. Quando ele vai para a quadra dura, sintética, faz o mesmo movimento, é automático, e acaba prendendo a perna, machucando o joelho.

Ainda sobre o piso híbrido do Maracanã, é preciso esclarecer que o percentual de grama artificial é de apenas 10%, o que, segundo os administradores do estádio, é capaz de aguentar o peso de 70 partidas ao longo da temporada.

Pelo visto, ninguém parece preocupado com os tornozelos e joelhos dos jogadores.

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