De onde saem os craques de futebol? Invariavelmente eles são revelados nas divisões de base, mas é preciso entender que, para chegar a ser selecionado por um clube profissional, há um grande caminho a ser percorrido.

A coluna vai contar rapidamente a história de Diego Maciel, 8 anos de idade, o Dieguinho, nascido no DF, artilheiro do time infantil do Goiás, que foi praticamente “sequestrado” pelo Flamengo e já está integrado ao Ninho do Urubu.

Moleque começou a fazer gols na quadra próxima à sua casa, no Setor Noroeste, bairro nobre de Brasília. Depois, já vestindo a camisa do Ajax Futsal Brasília, foi campeão candango, e campeão e artilheiro da BSBCup 2019.

A partir de 2020, já no Goiás, foi campeão Goiano, campeão da IberLeague Goiás, artilheiro da GoCup, e vice artilheiro na IberCup.

Seus pais nem sabiam, mas Dieguinho já estava sendo monitorado pelo Flamengo. Quando o convite foi feito, não deu para segurar. O próprio diretor das categorias de base do Goiás, Eduardo Pinheiro, admite ser impossível competir com o Mengão:

“Tem uma brecha na Lei que os empresários entram na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas) e tiram os meninos pela porta dos fundos… Você só pode federalizar o atleta depois dos 13 anos. Dos oito aos 13, que é o caso do Dieguinho, o Goiás não pode segurar. Aliás, nem o Flamengo está totalmente seguro”, destacou o cartola goiano.

Acrescente-se a tudo isso a paixão que o Flamengo acaba exercendo sobre o atleta e a família. No caso de Dieguinho, que é flamenguista e fã do atacante Pedro, a transferência para o flamengo tornou-se irreversível.

E, neste sábado (11/12), o garoto criado no Setor Noroeste entra em campo para mais um jogo decisivo em sua trajetória. Será a final Copa Rio, contra o Botafogo,  e ele é uma das esperanças de gols do time Rubro-negro.

Parece um sonho, mas é real.

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