A família real da Inglaterra gosta de futebol. Isso é fato. Mas, até hoje, nunca na história o título da Premier League – o Campeonato Inglês, considerado o mais competitivo do mundo – foi festejado pelo ocupante do trono do Castelo de Buckingham.

Isso porque a rainha Elizabeth II, que morreu no dia 8 de setembro, durante as sete décadas de reinado, tentou manter sob segredo a sua preferência pelo West Ham, mas no começo do mês de outubro o jornal Mirror confirmou essa informação.

E o West Ham, fundado em 1895, nunca conquistou uma Premier League, apesar de ser um dos clubes mais tradicionais da Inglaterra e de todo Reino Unido, com mais de 60 temporadas disputadas no Campeonato Inglês.

As maiores conquistas da história do West Ham são: vice-campeão da Recopa Europeia (1976); semifinalista da Liga Europa (2021-22); terceiro colocado da Premier League (1986-86); vice-campeão da Copa da Inglaterra (em 1923 e em 2006); vice-campeão da Loga Inglesa (em 1966 e 1981).

Já o rei Charles III, sucessor de Elizabeth, é torcedor do Burnley, 4º colocado da English Football League Championship (a Série B inglesa). Dez anos atrás, quando participava de um evento beneficente do British Asian Trust, um grupo que ele mesmo criou para combater a pobreza no sul da Ásia, foi questionado por vários filantropos sobre sua opção futebolística.

“Alguns de vocês perguntaram esta noite se eu torço para um clube britânico de futebol e eu respondo agora: ‘Sim, Burnley'”, disse.

O Burnley Football Club foi um dos clubes mais progressistas da década de 1960, sendo a primeira equipe do mundo a construir um campo de treinamento ao lado do estádio, enquanto todos os outros ainda treinavam no próprio campo de jogo.

Foi campeão inglês em duas oportunidades (temporadas 1920-21 e 1959-60). Entre seus grandes feitos consta, também, as quartas de final da Champions League, em 1960-61, quando foi eliminado pelo alemão Hamburgo.

Observe que o último título inglês do Burnley aconteceu no início dos anos de 1960, quando Charles Philip Arthur George tinha apenas 12 anos de idade. Agora, como rei da Inglaterra, ele espera que o Burnley possa voltar rapidamente para a “Série A”,  e que, em breve, tenha condições de subir novamente ao pódio da Premier League.

É o sonho de Charles. Um sonho real.

Para acompanhar as atualizações da coluna, siga o “Futebol Etc” no Twitter; e também no Instagram.