O Grêmio “fecha a conta e passa a régua”. Quem vai pagar essa conta?
Chegou a hora de a torcida tentar seguir o que diz a letra do seu hino: “Até a pé nós iremos… Com o Grêmio onde o Grêmio estiver”
atualizado
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“Até a pé nós iremos; para o que der e vier. Mas o certo é que nós estaremos; com o Grêmio onde o Grêmio estiver…”
Chegou a hora de a torcida do Grêmio fazer valer a letra do seu hino. O time gaúcho — apesar da boa vitória sobre os reservas do Atlético-MG, em Porto Alegre — dependia de tropeços do Bahia e do Juventude. Não deu.
Quando o Grêmio empatou com o Corinthians, dia 5/12, escrevemos aqui que moralmente o time gaúcho já estava rebaixado, independentemente do desfecho do Campeonato Brasileiro. O tricolor gaúcho “habitou” o Z4 durante 37 rodadas. Foi uma campanha humilhante.
Agora, além do sacrifício de sua torcida, há também o martírio que a diretoria vai enfrentar na próxima temporada. Entre cotas de televisão e premiação, o prejuízo em relação ao que o clube fatura atualmente será milionário.
Atualmente, existe acordo entre clubes, CBF e Globo apontando duas possibilidades de escolha para cada time que cai da Série A para a Série B. A primeira é receber do pay-per-view, cenário mais favorável para os grandes. E a segunda opção é receber cota fixa, que neste ano foi de cerca de R$ 8 milhões para cada, algo abaixo da realidade gremista.
Para que se tenha uma ideia, clubes como Vasco, Botafogo e Cruzeiro, que disputaram a segundona este ano, escolheram o pay-per-view e faturaram cerca de R$ 40 milhões, que já é bem distante do valor de cerca de R$ 100 milhões que o Grêmio fatura de TV na Série A.
Outras premiações — como uma polpuda gratificação para quem se classifica para a Libertadores, por exemplo — também estão sendo contabilizadas. Enfim, os cartolas vão precisar reduzir gastos, dispensar jogadores, para poder equilibrar as finanças.
As contas não batem. Quem vai pagar por isso? Deveriam cobrar dos jogadores e/ou dos cartolas. Nunca dos torcedores!