Neste final de semana tem “El Classico”, o duelo entre Barcelona e Real Madrid, e vários outros clássicos internacionais. Por conta disso, a mídia brasileira repercutiu esses dias uma lista do jornal espanhol Ás, apontando os 15 maiores confrontos do futebol mundial.

A lista do Ás, claro, começa com Barcelona x Real Madrid, mas tem clássico para todos os gostos, como Boca Juniors x River Plate; Ajax x Feyenoord; Nacional x Peñarol; Milan x Inter de Milão; Manchester United x Manchester City. E do Brasil, somente Corinthians x Flamengo, sob a justificativa de ser uma grande rivalidade interestadual (são 141 jogos, com 58 vitórias do Fla, 53 do Timão e 30 empates), e de os times serem donos das duas maiores torcidas do País.

Esse é um tema que sempre poderá suscitar dúvidas e questionamentos. Algum tempo atrás o jornal inglês The Daily Mirror fez uma lista semelhante e, além de todos estes jogos relacionados pelo Ás,  também estavam lá  – como não poderiam faltar – o Gre-Nal e o Fla-Flu.

O clássico Fla-Flu , é bom que se diga, está no Guiness Book como o maior público da história do futebol em partidas disputadas entre clubes. Em 15 de dezembro de 1963, o Maracanã recebeu 194.603 torcedores para ver Flamengo 0x0 Fluminense.

Não há clássico mais charmoso do que o Fla-Flu. Para o tricolor Nelson Rodrigues, irmão de Mario Filho (criador da expressão Fla-Flu, o cara que dá nome ao Maracanã), o clássico nasceu “40 minutos antes de nada”. 

Nenhum outro clássico transcendeu  o futebol como o Fla-Flu. Virou até verbete. Hoje é comum ver disputas partidárias, debates entre diferentes grupos sociais e até mesmo relações interpessoais sendo categorizadas como um “Fla-Flu”. A rivalidade associada ao clássico tornou-se parâmetro para a sociedade como um todo.

Por tudo isso, sustento o meu ponto de vista: o Fla-Flu pode não ser o maior, mas, sem dúvida nenhuma, é o clássico mais charmoso do mundo.