O desafio de Brasil e Argentina é aprender a jogar sem Neymar e Messi
Falta um ano para a Copa do Catar, e as duas melhores seleções sul-americanas têm tempo suficiente para ficarem ainda mais fortes
atualizado
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A inesperada contusão de Neymar, na véspera do superclássico com a Argentina, acabou criando condições para o técnico Tite realizar importantes observações com jovens jogadores que podem ser o futuro do Brasil. Vinícius Jr., Raphinha, Paquetá, Matheus Cunha e Antony rejuvenesceram a média de idade da Seleção Brasileira, num jogo que foi um teste de fogo.
Em 2019, já havíamos conquistado uma Copa América sem Neymar. Mas, na medida em que o tempo foi passando, algumas outras figuras foram perdendo aderência. Cebolinha, que substituiu bem o camisa 10 naquele torneio, Firmino, Gabriel Jesus, essa turma toda foi caindo de produção. É hora de renovar.
E na verdadeira batalha que se travou ontem na Argentina, os meninos passaram no teste. O técnico Tite terminou a temporada com um saldo positivo: classificado para a Copa e com tempo e material humano para montar uma nova seleção. Um time que possa chegar forte na Copa do Catar e encarar as potências européias. Tem exatamente um ano pela frente.
E Neymar já andou até falando em “aposentadoria”, mas foi só da boca pra fora. Precisa ficar esperto, porque ele pode perder o protagonismo na Seleção.
Argentina sem Messi
Em meio ao ufanismo generalizado que tomou conta da mídia argentina, pelo menos teve alguém para encarar a realidade: o colunista Maximiliano Uria, do jornal Clarin, escreveu:
“É verdade que o jogo do time de Scaloni não é brilhante… Todas as linhas estão consolidadas e por isso o próximo passo é ajustar e começar a contornar a possível ausência de Lionel Messi”.
O fato é que, nesse jogo de ontem, Messi foi engolido pela marcação de Fabinho. E o colunista argentino complementou:
“Sempre foi difícil encontrar um substituto para Messi, mas hoje é ainda mais difícil porque deixou de ser um atacante claro e definidor para ser um jogador de futebol mais abrangente… É importante reduzir cada vez mais a margem de erro. Daqui até a Copa do Mundo, a prova que a equipe deve superar é aprender a não perder Messi. Ou pelo menos para compensar sua ausência, já que é impossível não perder o melhor do mundo”
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