Pela primeira vez na história do futebol, jogadores que representam as seleções masculina e feminina dos Estados Unidos receberão o mesmo pagamento e prêmios em dinheiro, inclusive em Copas do Mundo, sob acordos históricos com a U.S. Soccer, que encerrarão anos de litígios e amargas disputas públicas sobre o que constitui “igualdade salarial”. A informação é do jornal The New York Times.

As estruturas salariais revisadas fazem parte de acordos coletivos de trabalho com cada equipe anunciados nesta quarta-feira (18/5), três meses depois que um grupo das principais jogadoras da seleção feminina resolveu um processo de discriminação de gênero contra o futebol americano e seis meses antes da seleção masculina entrar em campo na Copa do Mundo 2022.

Além de garantir aos jogadores masculinos e femininos os mesmos salários para participar de partidas internacionais, os acordos incluem uma cláusula, que se acredita ser a primeira do gênero, por meio da qual as equipes vão juntar os pagamentos desiguais que recebem da Fifa, entidade que rege o futebol mundial órgão, por participar da Copa do Mundo. A partir do torneio masculino de 2022 e da Copa do Mundo feminina de 2023, esse dinheiro será dividido igualmente entre os membros de ambas as equipes.

“Nenhum outro país jamais fez isso”, disse a presidente da U.S. Soccer, Cindy Parlow Cone, sobre o acordo para equalizar os pagamentos da Copa do Mundo. “Acho que todos deveriam estar muito orgulhosos do que conquistamos aqui. Realmente, realmente é histórico.”

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