No Grenal, quem bate não se lembra, quem apanha não esquece
Os jogadores do Inter guardaram essa mágoa desde 2019, quando também foram provocados com caixões fúnebres
atualizado
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Grenal (6 de novembro de 2021) – O Inter ganhou e afundou o Grêmio no Z-4 do Brasileirão. Após o jogo, o meia Patrick mostrou a tampa de dois caixões de papelão com a cor azul para a torcida do Grêmio, o que simboliza neste momento a péssima campanha do rival praticamente rebaixado para a segunda divisão. A provocação inflamou ainda mais os jogadores do Grêmio, alterados pela derrota, que chegaram com chutes e socos. O árbitro mostrou o cartão vermelho para Patrick e Bruno Cortês, que começaram a discussão e toda a briga.
Grenal (18 de abril de 2019) – Após Maicon e Geromel erguerem a taça de campeão estadual, a celebração tomou conta de jogadores, dirigentes e comissão técnica dentro de campo. Nas arquibancadas, os mais de 50 mil torcedores vibravam. Luan mostrou um caixão pintado em vermelho, quando o elenco se aproximou da geral do Grêmio, no setor Norte da Arena. Em sintonia com os fãs, os jogadores cantaram, com a presença do técnico Renato Gaúcho: “um minuto de silêncio para o Inter que está morto”. Mais tarde, durante a entrevista coletiva do treinador, os atletas invadiram o auditório, deram banho de água e gelo no treinador e voltaram a entoar o grito de guerra.
Opinião
O que aconteceu ontem em Porto Alegre, muito além da rivalidade, tira muito do brilho desse que é – segundo o jornal britânico “The Daily Mirror” – um dos maiores clássicos do futebol mundial. Ao longo das últimas décadas, Grêmio e Internacional se rivalizaram e cresceram juntos. A “morte” de um pode significar também uma perda grande para o outro. Algo semelhante está acontecendo em Belo Horizonte. Os torcedores do Atlético estão eufóricos com a falência do Cruzeiro, mas o grande clássico dos mineiros jamais poderia morrer. Para o bem de todos.
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