Na Série D, a novidade é uma bola verde que ninguém vê
Na CBF, ao que parece, ninguém estaria preocupado com a visibilidade dos atletas e até das transmissões da TV
atualizado
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A CBF anunciou mudanças na Série D do Campeonato Brasileiro, com aumento de R$ 8,5 milhões no orçamento da competição e com um volume de premiações que atinge a casa dos R$ 60 milhões.
Mas, apesar desse esforço da entidade para tentar agradar aos 64 participantes, logo na primeira rodada chamou a atenção um detalhe no mínimo inconveniente: os jogos foram disputados com uma bola da cor verde, que dificulta a visibilidade não apenas nas transmissões pela TV, como dos próprios jogadores dentro de campo.
A CBF fechou parceria com a Uhlsport, empresa alemã fornecedora da Ligue 1, a Primeira Divisão do Campeonato Francês, e o modelo Elysia Pro Training 2.0 passou a ser adotado aqui no Brasil, em substituição à marca Topper, usada até o ano passado na quarta divisão.
Possivelmente não devem existir dúvidas sobre o padrão de qualidade da bola fornecida por essa empresa européia, mas seria o caso de perguntar quem foi o responsável no Departamento Técnico da CBF por escolher e referendar exatamente essa cor?
Talvez alguém que torça pelo Palmeiras. Ou pelo Goiás, quem sabe? Ora, se todos os gramados do Brasil e do mundo são verdes, por que razão alguém daria preferência a essa cor?
Vale relembrar aqui a bola Telstar, da Adidas, usada na Copa do Mundo de 1970, no México. Foi a primeira bola personalizada utilizada em um mundial: branca, com gomos pretos; simples e bela. Até hoje os torcedores se lembram dela.
O preto e branco permitiam que a bola tivesse mais visibilidade, não apenas para os atletas e torcedores, mas também para as transmissões de TV.
Foi exatamente essa sensibilidade que faltou aos homens da CBF.
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