Na Espanha, a “LaLiga” vai injetar R$ 12,5 bilhões nos clubes
Parceria firmada com um fundo de investimento permitirá financiamento aos clubes, sem exigir contrapartidas. Essa moda poderia chegar aqui
atualizado
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Os clubes de futebol profissional da Espanha estão prestes a embarcar em projetos de investimento significativos graças à iniciativa ‘Boost LaLiga’, que o presidente da LaLiga, Javier Tebas, acredita que acelerará o crescimento do futebol espanhol em 15 a 20 anos.
Isso é possível como resultado de um acordo entre a LaLiga e o fundo de investimento global CVC, com € 1,994 bilhão (cerca de R$ 12,5 bilhões) a ser fornecido aos clubes espanhóis para estimular o crescimento.
Javier Tebas explicou por que a LaLiga decidiu unir forças com a CVC e como isso é importante para manter o incrível crescimento que a LaLiga e seus clubes tiveram nos últimos anos.
“Com a parceria com a CVC os clubes valem 30% a mais. Se não fizermos isso, vamos cair. Na França já estão olhando uma opção como essa”, diz o presidente.
“O mundo financeiro e os grandes fundos de investimento estão dizendo ‘os fundos [CVC] confiam na LaLiga e nos clubes, e vão investir 2 bilhões de euros’. Que vão ganhar dinheiro? Obviamente, mas quanto mais ganham, mais o resto de nós ganhará”, explica Tebas.
Finalizando sua explicação sobre os motivos por trás do acordo com a CVC, Tebas deixou claro que não se trata de um empréstimo e que a CVC receberá um percentual da receita dos direitos audiovisuais nos próximos 50 anos como resultado do ‘Boost LaLiga’, ao invés de ter um título permanente participação na organização.
O presidente da LaLiga concluiu: “Isso não é um empréstimo, é um investimento de capital. A CVC receberá nove por cento se as receitas aumentarem ou diminuirem. Portanto, não é um empréstimo. Tenha em mente que os investimentos de capital geralmente são para sempre, mas é quase um favor ou vantagem que isso seja apenas por 50 anos. Existem fundos como esse em todos os lugares e eles estão olhando para esse tipo de coisa no futebol francês, semelhante ao que temos, mas isso seria para sempre e não apenas por 50 anos como nossa parceria. Mas isso também não é ruim.”
Esse é o tipo de iniciativa que poderia servir de exemplo para o Brasil e outros países sul-americanos, onde os clubes quase sempre vivem “de pires na mão”, enquanto as confederações e federações regionais esbanjam vitalidade financeira.
Não existe futebol sem os clubes.
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