Na disputa da Bola de Ouro, Neymar é uma espécie de “Cabo Daciolo”. Chance zero de ser eleito
Ele é o único brasileiro na lista da revista “France Football”, o que comprova a escassez de mão de obra do nosso futebol
atualizado
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Mais cedo, comentei aqui sobre a descrença que tomou conta da imprensa e da torcida brasileira, em relação ao futebol da Seleção de Tite. Apesar dos 100% de aproveitamento nas Eliminatórias, falta muita coisa para que o nosso time seja novamente respeitado, principalmente pelos europeus.
Fundamentalmente, faltam craques. Sempre que ganhamos títulos mundiais, tínhamos jogadores que os adversários temiam (e tremiam diante deles). Foi assim em 1958 (Pelé, Garricha, Didi, Nilton Santos); 1962 (Garrincha, Amarildo e quase todos os outros da copa anterior); 1970 (Pelé, Tostão, Jairzinho); 1994 (Romário e Bebeto) e 2002 (Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho).
Pois a comprovação da escassez de mão de obra ficou evidente com a divulgação, na tarde desta sexta-feira, da lista dos 30 jogadores concorrentes à Bola de Ouro da revista “France Football”. Apenas Neymar representa o Brasil. E Neymar, por todos os motivos que conhecemos, tem chance zero de ganhar. Está ali só pra constar.
É mais ou menos como numa disputa eleitoral. Ninguém sabe quem vai ser eleito, mas alguns nomes podem ser descartados antecipadamente, como aconteceu em 2018, por exemplo, com o sr Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, mais conhecido como Cabo Daciolo,. Chance zero.
Sem brasileiros na disputa, também foram revelados pela “France Football” os finalistas para o Troféu Kapa, (tributo ao francês Raymond Kopa), para o melhor jogador sub-21.
Vinícius Jr., pela badalação que a mídia espanhola dedica a ele, bem que poderia aparecer entre os 10 – nem que fosse para ser “outro Daciolo”.