Luciana Mariano, a ótima narradora do canal ESPN, resolveu partir para o revide. Cansada de ler mensagens como “você é horrível” e até “quero que você morra de câncer” ou “quero que sua família morra em um acidente de carro e que só você sobreviva”, Mariana já abriu 156 processos contra os seus agressores virtuais.

Os ataques de ódio costumam vir por inbox, em sua caixa de mensagens do Instagram, rede social que Luciana quase não usa para falar de seu trabalho, suas transmissões.

A jornalista também recebe mensagens de carinho e elogios, mas para lhe auxiliar contra o ódio, ela organizou uma equipe com oito pessoas que monitoram suas redes e como seu nome é citado 24 horas por dia.

Os conteúdos são analisados por advogados e psicólogos que analisam se as frases podem ser enquadradas em crimes ou não. Conforme dito por Luciana, 90% das pessoas processadas alegam desemprego, porém, isso não os impede de realizar trabalho social.

Apoio de Mauro Beting

Em suas redes sociais, o jornalista Mauro Beting (SBT, Jovem Pan e TNT), partiu em defesa de Luciana Mariano com um texto emocionado:

“Luciana Mariano está processando todos os covardes que a atacam e assediam nas redes antissociais pelo trabalho nos canais Disney. Ou por ser mulher.

É isso. E que outras e outros façam mais vezes. Sejamos intolerantes contra qualquer intolerância. 

Sou muito suspeito para falar dela. Conheci a Lu no Arrudão, em 1995. Amistoso do Brasil. Eu comentava pela Rádio Gazeta. Ela reportando por uma emissora de Jundiaí. 

Fiquei impressionado com a capacidade, interesse e simpatia. E muito feliz quando logo depois ela veio trabalhar com a gente. Logo depois eu a indiquei para o SporTV. Em 1997 ela participou de um concurso que venceu para narrar futebol feminino na Band. E tive a felicidade de passar o telefone dela para a produção para o convite ao concurso. Também para o Luciano do Valle que era fã dela. E dois anos depois eles casaram. 

Sou suspeito para defender a pessoa e a profissional. Mas, como qualquer pessoa, temos que atacar quem ataca.   Não acatar bovinamente as cavalgaduras covardes que atacam a Lu. E tantas outras colegas e amigas queridas que sofrem isso sempre. E que podem ou até mesmo devem fazer o mesmo. 

E não apenas minhas colegas assediadas em todos os níveis – sobretudo os baixos. Qualquer profissional precisa se posicionar. E todos nós temos que as defender”, disse o comentarista.

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