Futebol feminino ainda sofre preconceito. E isso não é só no Brasil
Na véspera da Copa do Mundo, pesquisa no Reino Unido mostra uma atitude misógina de 68% dos homens em relação ao esporte
atualizado
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A Copa do Mundo de futebol feminino, que começará nesta quarta-feira (20/7), é mais um passo para diminuir o preconceito que existe em relação às mulheres neste esporte.
Pesquisa realizada no Reino Unido mostra uma atitude misógina de 68% dos homens em relação ao esporte, quando praticado por mulheres. Com base nisso, o psicólogo Jan Luiz Leonardi apontou algumas das principais causas para esse preconceito:
Percepção cultural: o futebol é visto como um esporte masculino e historicamente foi dominado pelos homens.
Sexismo: Infelizmente, o preconceito de gênero ainda está presente em nossa sociedade.
Desigualdade de investimento: o futebol feminino recebe menos investimento do que o masculino, isso pode causar a impressão de que é menor qualidade ou menos importante.
Falta de visibilidade: recebe menos atenção da mídia. Isso pode levar a um ciclo vicioso: a mídia justifica sua falta de cobertura, alegando que não há interesse suficiente no futebol feminino, sem cobertura da mídia, o esporte tem dificuldade em atrair novos fãs e jogadoras.
História mais curta: tem uma história muito mais curta do que o masculino. A primeira Copa do Mundo de futebol masculino foi em 1930, já a primeira Copa do Mundo de futebol feminino ocorreu 60 anos depois, em 1991.
Enfim, de acordo com a pesquisa – ainda de acordo com o psicólogo Jan Luiz Leonardi – as pessoas estão acostumadas a ver homens jogando futebol e a ouvir vozes masculinas narrando os jogos.
Com o passar do tempo, começamos a normalizar essas situações. As coisas que são constantes e duradouras em nossa cultura, tendem a se tornar os padrões que aceitamos.
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