Foi uma bela “passada de pano” do Palmeiras para Abel Ferreira
Técnico, que já recebeu 50 cartões, certa vez admitiu que se transforma quando o árbitro apita, e que não sabe explicar suas reações
atualizado
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O Metrópoles registrou aqui, nesta quinta-feira (1º/6) que o técnico Abel Ferreira, ao ser expulso na derrota para o Fortaleza, chegou à marca de 50 cartões em jogos do Palmeiras. É um número absurdo.
Mas, mesmo assim, a diretoria do Palmeiras resolveu “passar o pano” pra ele. A diretoria do clube divulgou nota, reivindicando à CBF “que providências sejam tomadas no sentido de assegurar ao técnico Abel Ferreira o mesmo tratamento concedido aos seus colegas de profissão por parte das equipes de arbitragem escaladas para os jogos do clube. Não podemos aceitar atitudes persecutórias contra um profissional competente e vitorioso como ele”, ressalta o documento.
Sempre disposta a contribuir com a melhora do futebol nacional, a Sociedade Esportiva Palmeiras vem a público reivindicar junto à CBF que providências sejam tomadas no sentido de assegurar ao técnico Abel Ferreira o mesmo tratamento concedido aos seus colegas de profissão por… pic.twitter.com/dVxdo6osG3
— SE Palmeiras (@Palmeiras) June 1, 2023
Mal comparando, parece um “pai zeloso” que vai na escolha do filho brigar com os professores que eventualmente recriminam o aluno indisciplinado.
Quando os pais constantemente encobrem os erros de seus filhos, isso pode impedir que eles assumam a responsabilidade por suas ações.
O documento do Palmeiras contradiz não apenas as 50 advertências que o seu funcionário tomou à beira do gramado, como uma declaração do próprio Abel, alguns meses atrás:
“As pessoas acham que eu sou um cara bruto, mas eu sou o cara com o coração mais mole do mundo. Só que eu me transformo quando o árbitro apita, não sei explicar. Minha filha disse: ‘vai ver o que você fez que não é exemplo para ninguém’. Vou para casa, vejo o vídeo e fico com vergonha de mim mesmo”, disse ao participar da Bienal do Livro, em 2022.
A diretoria do Palmeiras achou melhor encobrir os destemperos de Abel, impedindo assim que ele enfrente as consequências de seus erros.
Por equivocada, a nota da diretoria do Palmeiras mereceria, no mínimo, um cartão amarelo.
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