Focado só no jogo, sem preocupar-se com a China, Galo espanta a zebra
Ao contrário do Flamengo, que ontem desviou o foco do clássico para mostrar-se ao mercado chinês. Só podia dar no que deu
atualizado
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Uma diferença fundamental de quem quer ser campeão e de quem está mais interessado em prospectar possíveis patrocinadores. Neste sábado (23/10), o Flamengo — sabendo que o clássico com o Fluminense seria transmitido para a China — entrou em campo com os nomes dos seus jogadores escritos em mandarim. A intenção era mostrar aos chineses o quanto poderia ser interessante patrocinar a camisa rubro-negra.
E o jogo? Ah, o Fla-Flu, aparentemente, seria apenas um detalhe. Para os cartolas rubro-negros, o importante mesmo é a parte comercial. O Fluzão foi lá e meteu 3×1.
Hoje, o Atlético-MG ignorou qualquer intenção de exibir-se para os chineses (sim, o jogo também passou na China), entrou em campo focado, e ganhou do Cuiabá por 2 x 1. Agora está 13 pontos à frente do Flamengo, que, embora tenha dois jogos a menos, só conseguirá ameaçar o líder se acontecer uma tragédia nas 10 rodadas que restam.
Não foi um jogo fácil. O Cuiabá, que na rodada anterior empatou com o Flamengo no Maracanã, tem um time bem organizado. Está em 10º lugar, longe do Z4, de olho até numa vaga na Libertadores, já que, este ano, podem entrar até nove clubes brasileiros.
O Atlético sofreu um gol-contra bizarro, mas não abalou-se. Conduzido por Hulk, virou o jogo, poderia ter feito mais dois ou três gols, mas conseguiu os pontos necessários para manter-se numa posição quase inalcançável na tabela.
Para chinês ver
E, a propósito de transmissões internacionais, desde a metade do ano, a Série A do Brasileirão está sendo exibida para a China. A 1190 Sports, empresa global dedicada à gestão e comercialização de direitos de transmissão, fez parceria de distribuição com a PP Sports, a plataforma esportiva digital líder na China — parte integrante da Suning Sports Media Co. Pelo acordo, o serviço de streaming da PP Sports, que atinge milhões de torcedores na China, e tem acesso exclusivo a jogos do Brasileirão, que vai até dezembro de 2021.
Se, por conta dessa parceria, alguma empresa chinesa vai se interessar pelo patrocínio na camisa de clubes brasileiros, aí já é outra conversa.