Filho de Tite age como um “bananão” ao apoiar Maurício do vôlei
Matheus Bachi curtiu esta e outras postagens homofóbicas no Instagram e põe em risco até patrocínios da CBF
atualizado
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A polêmica envolvendo o jogador de vôlei Maurício Souza (foto) – um assunto que teve ampla cobertura aqui no Metrópoles – estende-se agora ao futebol, por causa do apoio que o atleta recebeu de Matheus Bachi, membro da comissão técnica da Seleção Brasileira.
Matheus, que é filho do técnico Tite, curtiu no Instagram e interagiu com postagens de Maurício Souza. Curtiu ainda uma série de postagens de páginas no Instagram que publicam conteúdo crítico aos movimentos feminista e LGBTQIAP+, também fazem críticas à imprensa profissional e ao que chamam de “comunismo”. Vamos combinar que Matheus é um tremendo de um “bananão”.
A CBF diz que ele foi repreendido. Talvez não seja o suficiente, porque um dos motivos que levaram à demissão de Maurício Souza do Minas Tênis Clube foi a pressão de patrocinadores, entre eles a Fiat, que também patrocina a Seleção. O papai Tite, vaselina como ele só, declarou apenas que “todo preconceito não deve existir, estamos num processo de igualdade na sociedade, seja de cor, raça ou sexo”.
A súbita aparição do filho de Tite nessa história ressuscita a polêmica sobre o descarado nepotismo que é a sua presença como membro da comissão técnica da Seleção Brasileira – uma prática que contraria inclusive o Código de Ética da CBF.
Matheus, 32 anos, formou-se em Ciência do Exercício, nos Estados Unidos. Após concluir os estudos, foi auxiliar técnico de Paulo Turra, no Caxias do Sul. Depois transferiu-se para o para o Corinthians, auxiliando o pai. Antes de trabalhar na comissão técnica de Tite, ele já atuava como observador informal do treinador.
Tite confia muito nele. É Matheus quem passa instruções para os jogadores que vão entrar em campo para substituir alguém. Então, eu fico imaginando o que esse rapaz teria dito a Raphinha – que é dirigido por Marcelo Bielsa no Leeds United da Inglaterra – quando chamou-o para entrar no lugar de Everton Ribeiro, no seu jogo de estréia, contra a Venezuela, dia 7/10. Já pensou?
Sobre “bananão”…
A expressão virou piada depois que o comentarista Caio Ribeiro, revoltado com a arbitragem do jogo final da Libertadores/2017, entre Lanús x Grêmio, xingou o juiz de “bananão”. Semanas depois, sempre muito educado, Caio explicou que “a escala máxima do meu descontrole, dos meus palavrões é o ‘bananão’. Eu tomo muito cuidado”.
Tem também o xingamento de “bananinha”, mas aí já é outro assunto…