O técnico Jorge Sampaoli, finalmente, compreendeu que o aprendizado do português será importante no processo de adaptação ao Flamengo e ao próprio futebol brasileiro. Já contrataram professor pra ele.

Estranho somente agora o argentino ter percebido isso. Ele foi treinador do Santos entre dezembro de 2018 e dezembro de 2019; e posteriormente do Atlético-MG, entre março de 2020 e fevereiro de 2021.

Somando tudo, dá quase dois anos, aproximadamente 700 dias de convivência com jogadores, dirigentes e jornalistas, sem nunca abrir mão de se expressar em espanhol – invariavelmente falando rápido, para não ser compreendido, diga-se.

Outros gringos que passaram por aqui tiveram postura diferente. Os argentinos Hernán Crespo, do São Paulo, e Ariel Holan, do Santos, e mais o espanhol Miguel Ramírez, do Internacional, desde o primeiro dia passaram a estudar o nosso idioma, empenhados em melhorar a comunicação com os jogadores e superar possíveis barreiras linguísticas no País.

Da Europa, vem o exemplo de Pep Guardiola. Em 2013, dois meses antes de assumir o comando do Bayern de Munique, seus familiares confessaram aos jornalistas que ele estava estudando muito o alemão: “São quatro horas por dia, que nem um louco”, afirmaram.

Pois o senhor Jorge Luis Sampaoli Moya, aos 63 anos, depois de quase 30 anos como técnico de futebol, finalmente aprendeu o verdadeiro sentido do que vem a ser o profissionalismo nessa função.

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