E no filme do penta, veja cinco depoimentos sinceros dos gringos
Documentário da Netflix mostra cenas inéditas dos bastidores. E nós anotamos opiniões de craques como Beckham, Owen e Oliver Kahn
atualizado
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Lançado no começo do mês pela Netflix, só agora consegui assistir ao documentário Brasil 2002: Os Bastidores do Penta, com cenas inéditas dos bastidores, durante a concentração, vestiários, viagens e outros momentos exclusivos da seleção campeã no Japão/Coréia.
Vinte anos após a conquista, o documentário traz revelações dos jogadores, como Ronaldo, Roberto Carlos, Cafu, Lúcio & cia, além de ressaltar a superação do time, desde a derrota em 1998, contra a França, até a conquista do penta, naquela inesquecível final contra a Alemanha, no International Stadium, em Yokohama.
Mas uma coisa que me chamou a atenção em Brasil 2002: Os Bastidores do Penta foram declarações de jogadores adversários, como Beckham e Oliver Kahn, analisando detalhes dos jogos em que enfrentaram a Seleção Brasileira. Anotei a seguir cinco depoimentos sinceros dos gringos:
1)- “Eu fiz o gol do primeiro jogo em que perdemos por 2 x 1. Nas semifinais, eles me marcaram mais fortemente, não apenas os zagueiros, mas também os volantes. Nosso time era bom, mas se Deus colocou o Brasil duas vezes em nosso caminho era porque Ele não queria mesmo que fossemos campeões”, Hasan Sas, atacante da Turquia.
2)- “Enfrentar o Brasil foi uma benção para nós, porque a pressão era zero. Não tínhamos nada a perder, enquanto eles eram favoritos a ganhar a Copa. Essa era a diferença. No papel, sem dúvida, eles eram mais fortes, mas a magia da Copa é que, durante 90 minutos, um pequeno pode ganhar de um grande. Só que não deu”, Marc Wilmots, capitão da seleção da Bélgica.
3)- “Já tínhamos vencido todos os times que estavam no páreo. Se passássemos pelo Brasil, seriamos campeões do mundo. Era uma possibilidade empolgante, mas, ao mesmo tempo, assustadora. Quando marquei o gol, pensei que estava tudo perfeito. Era o início dos sonhos, melhor impossível. Mas eles empataram no último lance do primeiro tempo, foi um banho de água fria. É bem difícil, porque mexe com a cabeça. Nada do que fosse falado no vestiário iria atenuar a frustração. No segundo tempo, quando já estávamos perdendo, eles estavam com um jogador a menos e nós não conseguimos fazer nada. Estávamos desorientados. Parecia que não estávamos no nível do Brasil”, Michael Owen, autor do gol da Inglaterra..
4)- “Éramos chamados de geração de ouro. Desde 1966, não sabíamos o que era o sucesso. Nós éramos muito exaltados, tanto individual, como coletivamente. Lembro de um momento em que o juiz parou o jogo, estávamos ganhando de 1 x 0… E naturalmente quando você está perdendo, é normal que fique estressado, preocupado. Só que eu olhei para Roberto Carlos, Ronaldo, Ronaldinho, lado a lado, na grande área, e eles riam, brincavam. Então pensei: isso não é um bom sinal para nós. Eles empataram e depois viraram. Tínhamos um grande goleiro que era o David Seaman, mas ele não pode evitar aquele gol de falta de Ronaldinho Gaúcho. Se você me perguntar se foi na sorte, se foi sem querer, direi com certeza que não. Eles queria fazer o gol e fez”, David Beckham, capitão da Inglaterra .
5)- “Eu estava numa ótima fase, mas admito que eles eram favoritos. Só que numa final tudo pode acontecer. Estava totalmente focado no jogo. Eu não me lembro de ter vivido uma fase melhor do que aquela. Ronaldo naquela noite teve muita sorte, porque justamente na bola em que não segurei, ele estava posicionado no lugar certo, na hora certa, e é isso que um bom centroavante tem que fazer. Já o segundo gol, foi um bom chute, não tive chance”, Oliver Kahn, capitão da Alemanha.
Enfim, a Copa do Mundo de 2002 – a última vencida pelo Brasil – ficou na memória do torcedor pelos gols (e pelo corte de cabelo) de Ronaldo Fenômeno; mas também pela cambalhota de Vampeta na rampa do Palácio do Planalto.
Tudo isso está lá no filme da Netflix. Para quem gosta de futebol, acho que vale a pena assistir.
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