E, de repente, parece que quebrou o encanto dos técnicos estrangeiros
O recado de Mano Menezes para Dorival Jr explica muita coisa: “Aqui estava tudo esculhambado”
atualizado
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“Dá para melhorar, o meu time também estava esculhambado e deu”. Esse cochicho de Mano Menezes no ouvido de Dorival Jr, após a vitória do Inter sobre o Flamengo, desmancha um pouco da euforia que tomou conta da mídia e dos clubes brasileiros com esse negócio de técnicos estrangeiros.
De repente, uma boa parte dos treinadores brasileiros ficou no esquecimento, desvalorizada – ridicularizada, até. Aos poucos estamos vendo que nem todos os gringos que aportam por aqui estão com essa bola toda.
Mano Menezes substituiu o uruguaio Alexander Medina, que estava enterrando o time do Inter. Dorival Jr tem essa mesma missão no Flamengo, que viveu um dos seus piores momentos com o português Paulo Sousa.
“Sobre a conversa com Dorival”, explicou Menezes, “foi uma conversa privada. Embora hoje se tenha muito pouco né, pois as câmeras de vocês conseguem enxergar até a obturação de dente. Mas não falei nada que não fosse verdadeiro do que eu acredito”, disse o sessentão técnico do Inter, do alto de sua experiência.
No Atlético-MG, o argentino Mohamed El Turco está sendo contestado. No Fortaleza, já tem gente olhando meio atravessado para Juan Pablo Vojvoda (o time dele está na lanterna do Brasileirão). E no Botafogo a torcida anda bem impaciente com a falta de vibração do português Luis Castro.
O que nós precisamos entender é que nem todo estrangeiro que chegar no Brasil terá a obrigação de repetir Jorge Jesus e Abel Ferreira – só para citar os dois com trabalhos mais exitosos. E também que os velhos treinadores brasileiros ainda merecem o nosso respeito.
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