Pouca gente lembrou, mas exatamente um ano atrás, no dia 9 de novembro de 2020, o Metrópoles anunciou: “A goleada por 4 x 0 para o Atlético-MG foi a gota d’água para a diretoria do Flamengo que decidiu, nesta segunda-feira (9/11), demitir o técnico Domènec Torrent”.

Nesses 365 dias, entre a saudade de Jorge Jesus e o desejo de continuar ganhando todos os títulos possíveis, os flamenguistas apenas suportaram a conturbada passagem de Rogério Ceni (que foi campeão brasileiro) e agora a nação rubro-negra é “um pote até aqui de mágoas” com Renato Gaúcho.

Em entrevista, o vice-presidente Marcos Braz assegurou Renato no comando da equipe: “O Renato é o atual técnico. Os torcedores reclamam, algumas vezes os questionamentos são factíveis, tem de tudo, e outros não. O que eu posso falar é que o Flamengo vai chegar bem no dia 27 para decidir a Libertadores”, disse.

Quem gosta e acompanha futebol sabe que esse é o discurso padrão dos cartolas, tentando acalmar os torcedores, quando, no fundo, eles mesmos já estão procurando alguém para assumir o comando da equipe. O empate com o lanterna Chapecoense causou danos, muitos danos a Renato Gaúcho.

E, por falar em Domènec Torrent, cabe aqui recordar o que teria sido o verdadeiro motivo de sua demissão do Flamengo. O time estava a um ponto da liderança do Brasileirão; classificado na Copa do Brasil e na Libertadores, mas nada disso adiantou. Ele estava desgastado internamente.

Havia, na verdade, muita diferença entre o trabalho dele em comparação ao de Jorge Jesus, mas é preciso levar em conta que Domènec, em meio à pandemia, só conseguiu escalar uma ou duas vezes o seu melhor time. O verdadeiro motivo, segundo o repórter Cahê Mota, do Globoesporte.com, teria sido essa frase que o técnico falou aos jogadores, durante uma preleção:

 “Eu vi os jogos de 2019, e não será todo ano que nós vamos ser campeões na sorte”

Vai saber, né?

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