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Descoberto esquema de propina nos direitos da Copa e da Libertadores

Dois ex-executivos da Fox foram julgados nos Estados Unidos, acusados de pagar propina para comprar os eventos abaixo do preço

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1 de 1 gettyimages-939093320-612×612 - Foto: Sebastien Bozon/Icon Sport via Getty Images

Mais um escândalo foi descoberto envolvendo cartolas do futebol sul-americano. Dois ex-executivos da Fox foram julgados no caso de propinas da Fifa, envolvendo benefícios para poderem comprar, abaixo do preço de mercado, direitos de TV de competições como a Libertadores e a Copa do Mundo.

Segundo o site Trivela, em matéria assinada por Felipe Lobo, Hernan Lopez, ex-Ceo da Fox International Channels, foi condenado; e Carlos Martinez, que era chefe da afiliada na América Latina, foi absolvido.

As propinas envolviam benefícios para poderem comprar na América Latina, abaixo do preço de mercado, direitos de TV de competições como a Libertadores e a Copa do Mundo. Ressalte-se, no entanto, que o esquema não envolvia o Brasil, cujas negociações eram feitas diretamente pela Globo.

Hernan Lopez teia pago dezenas de milhões de dólares em propinas para conseguir direitos de transmissão para a Copa do Mundo e outros eventos do mais alto nível para a Fox.

A principal testemunha de acusação, Alejandro Burzaco – antigo executivo da TyC, acusado e condenado e que implicou os acusados em atos criminosos. Burzaco – era um nome proeminente no futebol sul-americano e denunciou diversos pagamentos de propinas por direitos de TV no futebol, como mostramos em 2017.

Burzaco também esteve envolvido na delação que mostrou dirigentes sul-americanos, como Ricardo Teixeira, então presidente da CBF, Nicolás Leoz, então presidente da Conmebol, e Julio Grondona, presidente da AFA, receberam propina para votar no Catar como sede da Copa 2022.

O julgamento durou 11 dias e Burzaco descreveu como os cartolas pagaram milhões de dólares em propinas para minar as licitações por direitos de TV da Libertadores (excetuando-se o Brasil).

Ainda segundo o site Trivela, as condenações ainda são consequências do Fifagate, que explodiu em maio de 2015, quando promotores dos Estados Unidos acusaram diversos líderes de federações de futebol de cometerem atos de corrupção envolvendo futebol. Nomes como José Maria Marin, por exemplo, que era presidente da CBF na época, foi condenado em Nova York por pagamento de propina, lavagem de dinheiro e associação criminosa, relacionado a direitos justamente da Copa América e Eliminatórias da Copa, entre outros.

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