Ganhar sem jogar bem pode incomodar a alguns, mas o que vale para o torcedor é o resultado, é poder zoar com os rivais. Foi o que aconteceu nesta quarta-feira (16/3) no clássico Flamengo 1 x 0 Vasco.

O Flamengo nem precisou ser brilhante para garantir mais uma vitória sobre o Vasco. Ultimamente, tem sido mais fácil (e mais rotineiro, digamos assim) o Flamengo vencer os clássicos contra o Vasco do que Fluminense e Botafogo, seus outros adversários mais tradicionais no Rio de Janeiro.

Paulo Sousa completou o seu 11º  jogo comandando o Flamengo. São oito vitórias, dois empates e uma derrota. O saldo é de quase 80%. Não é ruim, mas tem um porém.

O porém é que o time não consegue jogar bem contra adversários mais fortes. No fim de semana goleou o Bangu e parecia que iria deslanchar. O teste contra o Vasco, apesar da vitória, mostrou uma série de deficiências da equipe de Paulo Sousa.

O que me pareceu mais evidente foi a insistência em alçar bolas na área. Foram dúzias de cruzamentos durante os 90 minutos. Um time que depende apenas dessa jogada, é um time sem repertório. Isso é preocupante.

Outra coisa: o atacante Pedro, pretendido pelo Palmeiras, entrou aos 36 do segundo tempo. Todos estão carecas de saber que Pedro na reserva é um desperdício. Pior que isto: nenhum jogador fica confortável no banco. Esse descaso com Pedro pode incentivar a sua saída para outro clube.

Enfim, o Flamengo ganhou e isso, na verdade, é o que importa. Ganhou e encaminhou classificação para a final, quando poderá enfrentar o vencedor de Fluminense e Botafogo.

Mas, apesar de da vitória, tem sempre alguém querendo um futebol com um pouco mais de qualidade. Que o digam Rogério Ceni e Renato Gaúcho, os últimos que passaram pela Gávea e foram demitidos.

Para acompanhar as atualizações da coluna, siga o “Futebol Etc” no Twitter; e também no Instagram.

Quer ficar por dentro de tudo que rola no mundo dos esportes e receber as notícias direto no seu Telegram? Entre no canal do Metrópoles.