A atuação do Brasil contra o Japão – apesar da vitória – não foi tão boa quanto no amistoso anterior, quando goleou a Coreia do Sul. Faltou conexão, entrosamento e inspiração. Mais um golzinho de pênalti para a estatística de Neymar, que se aproxima do recorde do Rei Pelé com a camisa da Seleção.

Tudo bem, é jogo de teste, de aprimoramento. Mas, especialmente nesse amistoso, fiquei preocupado com o desempenho (leia-se: o acanhamento) de Vinicius Jr, o melhor jogador brasileiro no futebol da Europa atualmente.

Nenhum drible; nenhuma arrancada em velocidade pela ponta esquerda; nenhum brilho. Foi apático. Ao que parece, o garoto sensação do Real Madrid não tem a mesma confiança com a camisa amarela.

A seis meses da estreia na Copa do Mundo, aparentemente Tite teria tempo de recuperar essa confiança. Mas, não! A Seleção Brasileira só voltará a jogar em setembro. Não haverá tempo para treinamentos e adaptações ao esquema de Tite.

Nesse amistoso no Japão, o posicionamento de Vinicius era diferente. Em Madrid, ele fica aberto na esquerda e é explorado em velocidade. Com Tite, a recomendação é deixar o caminho aberto para a subida do lateral-esquerdo.

Isso poderia ser um dado menos importante se Vinícius não tivesse mostrado apatia com a bola nos pés. Recebe e toca pra trás; recebe e toca de lado. Burocrático.

O que pode acontecer (e tomara que não aconteça!) é Vinicius Jr se sentir cada vez mais acanhado para buscar o seu melhor estilo e jogar na Seleção o mesmo futebol que tem mostrado no Real Madrid.

É uma pena.

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