metropoles.com

CBF causa conflito com patrocinadores de times da Série B

Logomarca de uma casa de aposta, dona do naming rights da competição, será obrigatoriamente inserida em todos os uniformes

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Instagram
Atletico GO
1 de 1 Atletico GO - Foto: Reprodução/Instagram

Uma decisão da CBF está causando pânico em todos os times que disputam a Série B do Brasileirão: a entidade enviou ofício obrigando que apliquem em seus uniformes um patch alusivo ao campeonato. O artigo carrega a marca da Betano, patrocinadora da competição e detentora de seus naming rights.

O argumento da CBF, explicitado no documento assinado por seu diretor de competições, Julio Avellar, é de padronizar a identidade visual da competição.

O problema é que todos as equipes da Série B possuem contratos com casas de apostas, que colocaram cláusulas de exclusividade, para evitar a presença nos uniformes de concorrentes no segmento.

Já houve uma reunião com as três partes diretamente envolvidas: clubes, CBF e Brax, empresa que comprou os direitos comerciais da Série B e intermedeia as negociações. Nesta segunda-feira (8/5), as equipes prometem tomar uma decisão, que pode inclusive ser pela não obediência à recomendação da entidade.

“Em absoluto, a CBF não quer causar qualquer conflito entre patrocínio de uniforme e title sponsor. São propriedades absolutamente distintas, comercializadas pela própria CBF de forma distinta. Nós temos contratos de publicidade estática e contrato de title sponsor. O patch simplesmente reproduz o nome da competição e não quer, em absoluto, prejudicar clubes”, diz a gerente jurídica da CBF, Regina Sampaio.

Adson Btista, presidente do Atlético-GO, rebate, afirmando que há um conflito, sim, “porque todos os clubes têm contratos assinados com empresas de apostas esportivas. Como tem o nome Betano, pode dar conflito de interesses, então a gente está avaliando para tomar uma decisão em conjunto”, destacou.

Outros conflitos

Não é a primeira vez que a CBF tem problemas com os seus contratos de patrocínios. Em 2018, a Justiça condenou a entidade por danos morais coletivos contra os árbitros. Segundo a sentença, a CBF explorou comercialmente de forma “leonina e imposta” a imagem dos árbitros de futebol nos contratos de patrocínios.

Durante os jogos em que atuavam, os árbitros usavam logomarcas de empresas em seus uniformes e não recebiam um centavo sequer por essa exposição de marcas.

A decisão judicial determinou uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais coletivos, além da distribuição, “de maneira negociada com a entidade representativa nacional em questão”, não inferior a 50% dos recursos arrecadados com patrocínio de arbitragem.

A ação envolvia contratos com as empresas Topper, assinado por Rogério Caboclo; com a Semp Toshiba, Marco Polo Del Nero e José Maria Marin.

Para acompanhar as atualizações da coluna, siga o “Futebol Etc” no Twitter; e também no Instagram.

Quer ficar por dentro de tudo que rola no mundo dos esportes e receber as notícias direto no seu celular? Entre no canal do Metrópoles no Telegram e não deixe de nos seguir também no Instagram!

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?